E AGORA? Cisternas de plástico derretem ao sol.
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Em baixo a cisterna nova; em cima 3 meses depois de exposta ao sol do sertão. |
As
imagens, divulgadas pela ASACOM (Assessoria de Comunicação da ASA), são
impressionantes. As cisternas de plástico, para as quais o governo garantiu
duração de 15 anos, não resistiram três meses sob o sol e as chuvas do sertão,
particularmente em Cedro, Ceará.
O
dinheiro público (cinco mil reais cada), os resíduos, a decepção das famílias,
tudo faz parte do lixo despejado pelo governo federal no semiárido. Quem será
responsabilizado?
Antes
se dizia que no Brasil não há memória. Mas, hoje, cada celular é uma câmara
fotográfica e a rede de internet põe no mundo o que se quer. Portanto, a
vigilância será permanente.
É
verdade que o governo recuou e se comprometeu a refazer o contrato com a ASA
para continuar a convivência com o semiárido da sociedade civil. Recuou também
de 300 mil cisternas de plástico para 60 mil.
Mesmo
assim, diante do que salta aos olhos, ainda vai despejar 60 mil peças de lixo
plástico na cabeça dos nordestinos.
Merecemos
mais respeito.
Roberto
Malvezzi (Gogó) é assessor da CPT (Comissão Pastoral da Terra).
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