Hoje é dia nacional dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS - Confira a história da classe. PSF do PS sem médico.

O
Agente Comunitário de Saúde (ACS) resultou da criação do PACS (Programa dos
Agentes Comunitários de Saúde) em 1991, como parte do processo de construção do
Sistema Único de Saúde, estabelecida por norma Constitucional em 1988. O Agente Comunitário de Saúde é capacitado
para reunir informações de saúde sobre uma comunidade. Na concepção inicial,
deveria ser um dos moradores daquela rua, daquele bairro, daquela região,
selecionados por um bom relacionamento com seus vizinhos e condição de dedicar
oito horas por dia ao trabalho de ACS. Orientado por supervisor (profissional
enfermeiro ou médico) da unidade de saúde, realiza visitas domiciliares na área
de abrangência da sua unidade, produzindo informações capazes de dimensionar os
principais problemas de saúde de sua comunidade.
Com
a proposição do Ministério da Saúde de 1994, quando se criou o PSF (Programa de
Saúde da Família), os Agentes Comunitários de Saúde podem ser encontrados em
duas situações distintas em relação à rede do SUS:
Ligados
a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da
Família;
Ligados
a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe multiprofissional.
Atualmente (2008), encontram-se em atividade no país 204 mil ACS, estando
presentes tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em municípios
altamente urbanizados e industrializados.
Segundo
documentos do Ministério da Saúde de 19943 Inclui-se no elenco de ações
proposto:
-
Estimular continuamente a organização comunitária;
-
Participar da vida da comunidade principalmente através das organizações,
estimulando a discussão das questões relativas à melhoria de vida da população;
-
Fortalecer elos de ligação entre a comunidade e os serviços de saúde;
-
Coletar dados sobre aspectos sociais, econômicos, sanitários e culturais.
-
Informar aos demais membros da equipe de saúde da disponibilidade necessidades
e dinâmica social da comunidade;
-
Orientar a comunidade para utilização adequada dos serviços de saúde;
-
Registrar nascimentos, doenças de notificação compulsória e de vigilância
epidemiológica e óbitos ocorridos;
-
Cadastrar todas as famílias da sua área de abrangência;
-
Identificar e registrar todas as gestantes e crianças de 0 a 6 anos de sua área
de abrangência, através de visitas domiciliares;
-
Atuar integrando as instituições governamentais e não governamentais, grupos de
associações da comunidade (parteiras, clube de mães, etc.);
-
Executar dentro do seu nível de competência, ações e atividades básicas de
saúde:
Acompanhamento
de gestantes e nutrizes.
Incentivo
ao aleitamento materno.
Acompanhamento
do crescimento e desenvolvimento da criança.
Garantia
do cumprimento do calendário da vacinação e de outras vacinas que se fizerem
necessárias.
Controle
das doenças diarreicas.
Controle
da Infecção Respiratória Aguda (IRA).
Orientação
quanto a alternativas alimentares.
Utilização
da medicina popular.
Promoção
das ações de saneamento e melhoria do meio ambiente.
Agente
de Saúde da Família
Em
1994 o Ministério da Saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção
básica, com caráter organizativo complementar e substitutivo ao PACS onde as
ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro
- supervisor lotado em uma unidade básica de saúde que possui as especialidades
básicas e demanda espontânea e/ou encaminhada por Unidades Elementares de
Saúde.
Essencialmente
as atribuições do agente comunitário são mesmas, contando agora com o apoio
direto do enfermeiro e médico de saúde da família com responsabilidades pela
população de um mesmo território e em alguns municípios contam ainda com
odontólogo profissionais de serviço social e psicologia na mesma unidade de
saúde ou numa unidade de referência (unidades básicas matriciais).
Por
outro lado para cumprir a proposição de conhecer a realidade das famílias pelas
quais são responsáveis (cerca de 150 famílias ou 750 pessoas por agente)
identificando os problemas de saúde mais comuns e situações de risco ao qual a
população está exposta, novas demandas surgem ou se especificam continuamente.
O
suporte ao atendimento da morbimortalidade por causas externas, por exemplo,
onde se inclui os acidentes de trânsito, homicídios e/ou a atenção aos
problemas da violência doméstica, contra a mulher, criança ou idoso para os
quais existem proposições específicas de vigilância e controle além do SIAB
Sistema de Informação da Atenção Básica, programa com o qual o ACS produz as
informações relativas ao território que administra, não está previsto como
tarefa sua.
Novas
profissões de nível técnico têm sido propostas e instituídas, no próprio setor
saúde o Agente de Vigilância em Saúde diferenciando-se ou não dos Agentes de
Controle das Zoonoses (o antigo visitador sanitário mata mosquito) e no âmbito
da justiça e educação o Educador Social. Essa última em alguns aspectos
confunde-se com o serviço voluntário do técnico judiciário conhecido como
Comissário de menores. A pergunta que fica no ar é que não seria melhor uma
capacitação melhor realizada ampliando a capacidade do ACS e a sua remuneração
do que a pulverização dos profissionais da área da saúde?
Em
2005, o relator da Comissão Especial, deputado Maurício Rands, apresentou
parecer pela aprovação da PEC 07/2003, com alterações que incluiu os Endemias.
Nos meses que se seguiram à luta continuou nos mais diversos municípios do
Brasil e Distrito Federal. Em 14 de janeiro de 2006, a PEC 07/2003 foi
sancionada, garantido a o emprego dos agentes de saúde. Com o advento da emenda
51/2006, houve retorno do debate. Foi solicitado ao deputado Maurício Rands que
articulasse uma frente parlamentar visando o debate e aprovação do piso
salarial.
Questões históricas da
luta
Elevação
do piso para 2 salários mínimos;
Produtividade
para os agentes de saúde (ACS, endemias e correlacionados);
Insalubridade
para as categorias a nível nacional;
Gratificação
de difícil acesso (Portaria 40.195/95);
Gratificação
de função de 40 horas semanais para os profissionais;
Gratificação
do PSA com equiparação ao PSF/PACS entre outros.
Fonte:
Wikipédia
PSF do Pedro Salustino
Infelizmente
fomos sabedores que o PSF 8 que atende os Bairros Pedro Salustino e Monte Santo
ficou sem médicos (mais uma vez) e segundo informações por motivo fútil. E agora
os moradores desses bairros quando precisarem de uma consulta médica terão que procurar
o Centro de Saúde ou o Hospital Regional, que também tem suas carências.
Chegando a essas duas opções, os atendentes mandam procurar os PSFs.
Sem
opção e como diz o ditado popular “no mato sem cachorro” o paciente parte para
a automedicação, o que é muito perigoso, pois tomando o medicamento errado, o
problema pode se agravar cada vez mais.
Até
quando?
Quem
venham os médicos estrangeiros!
Francisco Araújo
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