Gestão do Bolsa Família em dez cidades é insatisfatória.

O IGD avalia a gestão do Programa Bolsa Família a partir de quatro
informações: atualização cadastral; acompanhamento da condicionalidade de
educação; acompanhamento da condicionalidade de saúde; e prestação de contas. O
índice varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a avaliação e maior o
volume de recursos que a gestão recebe do governo federal. Se um município tiver
pontuação geral abaixo de 0,55 ou menor do que 0,20 em cada um dos quatro
indicadores, fica sem os recursos do IGD-M.
Nessa situação, encontram-se dez cidades paraibanas (Alcantil, Catingueira,
Desterro, Esperança, Emas, Gado Bravo, Juazeirinho, Lastro, Riachão e Soledade),
conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Social. Estes apresentaram baixo
desempenho no envio de informações ao MDS sobre os tópicos avaliados.
Entre os municípios que não receberam os recursos, em geral, a justificativa
é de que os problemas que acarretaram o não recebimento do repasse federal são
oriundos de falhas das gestões anteriores. De acordo com a assessoria da
Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Esperança, a cidade não recebeu o
repasse porque não houve prestação de contas da gestão anterior junto ao IGD,
referente ao ano de 2011. Além disso, desde que a nova gestão assumiu a
prefeitura, em 15 de março deste ano (devido a problemas nas eleições), não
foram repassadas as informações de contas sobre aquele ano.
Na cidade de Soledade, o problema também envolve o processo eleitoral de
2012. A atual gestão assumiu a prefeitura no último dia 1° de outubro e de
acordo com a secretária de Ação Social do município, Fabrícia Gerônimo, a gestão
anterior não estava atualizando o sistema. “Assumimos há um mês e nem a 'senha
master' do sistema temos ainda. O repasse referente ao período de janeiro a
julho já perdemos. Nossa meta é regularizar o sistema até dezembro para
voltarmos a receber o repasse”, disse a secretária.
Já a secretária de Ação Social da Prefeitura de Juazeirinho, Fabiana Maria,
disse que desde 2011 não tem sido repassada nenhuma atualização e afirmou que
está tendo dificuldades de comunicação com o MDS para regularizar a situação
referente aos seis primeiros meses deste ano. “Já enviamos toda a documentação,
explicando a situação do município, mas até agora não estamos obtendo resposta.
Desde que assumimos a gestão, estamos trabalhando para manter os dados
atualizados”, disse ela.
JPOnline
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