“Estou velho. Isto é uma vergonha!”, brinca Gil Gomes, que fez o novo programa de Geraldo Luís ‘bombar’ na audiência.

A matéria durou quase uma hora e
meia e mostrou um Gil Gomes (aos 73 anos) mais gordo e debilitado por conta do
Parkinson. Logo no começo da reportagem a impressão que se deu é que Geraldo
Luís ajudou no tratamento dentário de Gil (deu até para o próprio entrevistado
fazer um 'merchan'). Enfim, por conta da doença, Gil disse que voltou a ser
gago (ele foi gago até os 9 anos de idade). "Por isso não posso voltar
para o rádio", lamentou. Ele também lembrou da época em que era narrador
esportivo. "Transmiti luta de boxe com o Boris Casoy. É, estou velho,
Geraldo. Isso é uma vergonha!", disse ele, imitando o jornalista da Band.
Pelo que foi mostrado, Gil não está
tão mal de dinheiro como se falou há algum tempo. "Joguei muito, gostava
de cassino e ainda gosto. Comprei muitos cavalos. Tive 250. Ganhei muito
dinheiro. Tudo isso me comprometeu financeiramente, mas não acabou com a minha
vida. Ajudei muita gente. Só não ajudei a mim mesmo. Morava numa casa no
Morumbi que tive de me desfazer quando o 'Aqui Agora' (SBT) acabou. Também vi
que o rádio tinha acabado para mim. Então, vendi. Não guardei dinheiro porque
achei que não precisava e que não ficaria velho. Aliás, achava que trabalharia
até o fim da minha vida", contou ele, que ainda completou. "Tive
muitas mulheres, claro. Foram paixões. O único amor foi minha ex-mulher
Eliana".
Tirando o fato de não estar
trabalhando, o cronista não lamentou a vida que leva. Ele diz receber visitas
constantes dos filhos, dos amigos (entre artistas e policiais). "Gosto de
viver sozinho porque quero preservar minha privacidade. Eu durmo tarde, sou
meio surdinho, gosto de ouvir a TV no último volume e solto pum na hora que eu
quero. As mulheres reclamavam que meu pum era muito fedido".
Massacre do Carandiru: "Foram
mais de 3o0 mortos"
Geraldo levou Gil Gomes até o Parque
da Juventude onde ficava o antigo complexo penitenciário do Carandiru.
"Estive aqui no dia seguinte ao massacre. O necrotério era minha segunda
casa. Passei lá e em um primeiro momento não me deixaram entrar. Era um dia de
eleição e estranhei. Fui ao bar o lado e ouvi um funcionário lamentando. Ele
disse: 'Chegaram muitos corpos, mais de 300. Não tive tempo nem de almoçar!'.
Voltei ao necrotério e entrei no grito. Me assustei ao ver cerca de 300 corpos.
Não eram 111, eram mais de 300. Eu comentei isso na viatura e a notícia se
espalhou pela imprensa", revelou. Segundo Gil, ele nunca foi chamado para
depor em um julgamento sobre o assunto. "Nunca ninguém me procurou para
contar. Fui testemunha. O julgamento não vai dar em nada. Por que nunca me
chamaram? Porque nunca a verdade aparece neste país".
Estreia
morna
Em tempo, Gil Gomes foi a melhor
coisa do "Domingo Show". No mais, o programa trouxe Sabrina Sato, que
ficou meio perdida no palco (ela revelou que seu programa estreará no dia 26 de
abril) e o cantor do hit Lepo Lepo. Não houve novidades. Foi mais do mesmo aos
domingos.
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