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PICUÍ: Técnicos Administrativos do IFPB paralisam atividades.


Os servidores técnicos administrativos do IFPB/Campus Picuí paralisaram suas atividades e exigem a adequada distribuição de pessoal em relação às atividades e atribuições desempenhadas neste Campus.

Desde sua implantação, em 2009, o crescimento do Campus em número de cursos, alunos e docentes não é acompanhado a contento pelo crescimento no quadro de servidores técnico administrativos, que hoje, após 4 anos de atividade, conta apenas com 21 para dar suporte a mais de mil alunos, distribuído nos três turnos, entre todas as modalidades de ensino ofertadas.

A lei nº 11.740/2008, que criava os cargos efetivos destinados aos Institutos Federais, entre os quais o IFPB Campus Picuí, previa um quantitativo que até hoje não foi alcançado.

Como visto, após 4 anos de instalação, o quantitativo de técnicos administrativos não é metade do que era necessário para sua implantação.

Afora todas estas adversidades, os servidores técnicos administrativos do Campus Picuí empenham-se ao máximo para amenizar as consequências que o mau dimensionamento de pessoal pode acarretar. Embora o funcionamento da maioria dos setores fique a cargo de um único servidor (é comum inclusive os servidores acumularem várias atribuições), seu funcionamento é de 8 horas diárias. Um usuário ao procurar determinado setor da instituição não será surpreendido com informações do tipo “o servidor responsável só atende pela manhã/tarde”, como é visto é outros segmentos do IFPB.

Os Servidores afirmam que nunca se furtaram ao dever funcional de executar a jornada de 40 horas semanais, mas nossa motivação fica comprometida quando tomamos ciência de setores de outras unidades que têm mais servidores do que todo o nosso campus, tendo inclusive mais servidores do que mesas para acomodá-los. Certamente a política de distribuição de pessoal precisa ser revista, sob pena de presenciarmos um colapso no ensino das unidades como o Campus Picuí.

A carência de pessoal além de interferir na motivação trás efeitos negativos para a saúde dos servidores. É preocupante a realidade onde servidores fracionam as férias com a preocupação de não acumular serviço ao retornarem, pois 30 dias de afastamento representam mais desgaste do que descanso, tendo que contornar o “abandono” do setor durante seu afastamento por não haver outro servidor para substituí-lo.

Mesmo diante de tantas dificuldades, o Campus muitas vezes é tomado como referência em diversos procedimentos, “exportando” servidores para realizarem palestras, dando orientações e disseminando as experiências aqui bem sucedidas. Entretanto, a qualidade da prestação dos serviços não pode ser tomada como autossuficiência do Campus, que ainda teria muito a oferecer se tivesse uma quantidade de servidores condizente com sua atual realidade, minimizando o desgaste na qualidade de vida dos mesmos e consequentemente tornando mais eficiente o serviço público prestado.

PortaldoCurimatau

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