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PICUÍ: Diretor do Hospital regional Felipe Tiago Gomes concede entrevista ao ClickPicui.

Rommel Moura
Esta semana a reportagem do ClickPicuí conversou com o diretor do Hospital Regional Felipe Tiago Gomes Rommel Moura, na oportunidade o mesmo abordou vários assuntos referentes ao funcionamento do Hospital. Inclusive sobre os recentes ataques que sofreu recentemente de alguns agentes políticos da região. Confira a seguir:

F.A. - Sabemos que o hospital é regional, como se dá o atendimento ambulatorial, ou seja, como o paciente chega até o médico?

R.M. - Na verdade, o hospital regional de Picuí é voltado para o atendimento de urgência e emergência de média complexidade. Logo, existe uma grande demanda de pacientes oriundos dos municípios circunvizinhos, com perfis ambulatoriais, onde na teoria  é de inteira responsabilidade da atenção primária, atenção básica da saúde, onde o atendimento deveria ser realizado exclusivamente nos ESF’s (Antigo PSF’s) dos seus municípios. Desta forma, superlotando o Hospital com demanda ambulatorial, principalmente nos finais de semanas, onde não existe médicos na maioria dos municípios. Logo, desde Novembro de 2011, foi adotado o sistema de acolhimento dos pacientes nesta unidade hospitalar. Através da triagem realizada pela equipe de enfermagem buscando identificar o tipo de atendimento que será necessário no instante. Logo em seguida o paciente é direcionado ao setor competente com uma identificação com cores. Assim, a cor vermelha significa emergência  com atendimento imediato – risco iminente de morte, a cor amarela –urgência – risco potencial de morte com a previsão de até 2 horas para atendimento, a cor verde – urgência relativa, caracterizando consulta médica  e a cor azul –  condições que possibilite encaminhamento para médicos especialistas e ESF’s (Estratégia  Saúde da Família).

F.A. – Nas estatísticas de atendimento, a direção tem um controle dessa demanda, existe uma média de atendimento mensal?

R.M. - Sim, existe um controle rigoroso com relação aos dados de produção do Hospital Regional de Picuí. São esses dados que nos fornecem informações para que possamos  traçar nossas metas, identificar as demandas e corrigir possíveis falhas no sistema de saúde. Posso destacar a importância dessa ferramenta de trabalho, os dados consolidados do ano exercício 2013, que foram 46.702 atendimentos. Sendo, 29.343 urgência e emergência, 2230 procedimentos cirúrgicos, 2365 consultas ortopédicas, 1037 consultas oftalmológicas, enfim. Assim, os atendimentos são distribuídos entre as cidades de Picuí, Algodão de Jandaíra, Baraúna, Barra de Santa Rosa, Cubati, Cuité, Damião, Frei Martinho, Nova Floresta, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, São Vicente do Seridó e  Sossego.   

F.A. – O governador falou que o estado fará uma nova licitação para conclusão das obras do HRP; afinal de contas, o que será inaugurado no mês de Maio?

R.M. - Veja só, um dos sócios majoritários da empresa responsável pela execução da obra do Hospital faleceu em 2012. Com isso, dificultando o andamento da referida obra, por prováveis motivos jurídicos, sucessórios.  Assim, estamos empenhados, juntamente  com a equipe da secretaria Estadual de Saúde, visando realizar uma licitação emergencial, dentro da legalidade, para concluir a obra e possivelmente inaugurar até o final de Maio. Tendo em vista que já está em fase de acabamento.

F.A. Qual foi o objetivo da visita de uma equipe governamental as obras do Hospital?

R.M. - Nesta última quarta-feira 19/03/2014, recebemos o secretario Estadual de Saúde, Wadson Dias, o secretario Ricardo Barbosa e o Presidente da FAMUP  Buba Germano, com o objetivo de fiscalizar e constatar a real situação da obra, com o objetivo de agilizar a conclusão. Todas as entidades governamentais estão de braços dados em concluir está obra, que é de essencial importância para nossa região.

F.A.– Recentemente a direção do Regional sofreu uma série de criticas de alguns agentes políticos da região, principalmente no que diz respeito ao atendimento naquela “casa de saúde”, o que você na qualidade de dirigente maior tem a dizer sobre essas reclamações?

R.M. - Em relação às críticas que a direção sofreu por parte de alguns agentes políticos certamente é de cunho político, oposicionistas, sem fundamentos  e que a população  não acolhe esses pensamentos.  Existem problemas em âmbito nacional, a Paraíba está dentro deste contexto e Picuí infelizmente está incluído neste meio. A problemática da saúde envolve tanto os Estados como os Municípios, principalmente os Estados do Nordeste.  Os Estados Nordestinos enfrentam reduções e falta  de repasses financeiros, onde o Estado paga um preço muito alto para dar continuidade aos serviços de saúde, que são vitais a nossa população. Nossa gestão mantém um controle estatístico diário de nossos atendimentos. Com o objetivo de buscar falhas, melhorar nossos atendimentos, identificar demandas, consolidar nossa produção, enfim.  Dados  são muito importantes em qualquer área, quem não trabalho com estatística não tem bons resultados e não consegui chegar a um bom denominador. Quero ressaltar o respeito que temos com a população, estamos com as portas abertas do Hospital Regional de Picuí, que é uma instituição do povo. 

Francisco Araújo

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