Pr. GOMES SILVA: O que está acontecendo à igreja evangélica?

Mas
tudo isto está inserido nas Escrituras. No livro de Oséias, no Antigo
Testamento, capítulo 4, versículos de 1 a 2, diz: “Ouvi a palavra do Senhor,
vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da
terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de
Deus. Só prevalecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar, e o adulterar; há
violências e homicídios sobre homicídios”.
Mas,
apesar de propagar seu afastamento desse mundo tirano que se opõe a Deus e a
sua palavra, a igreja (ekklesia) evangélica, a brasileira, também enfrenta uma
crise sem precedência, sobretudo no aspecto teológico-administrativo. Essa
conjuntura é inegável. O evangelho deixou de ser exercitado na sua essência
para dá lugar a uma mensagem sem vida e regulada pelo “tudo pode”, pelo
“não-pode-mexer”, pelo “faz-de-conta”, por um culto gospel gripado (sem
expressão espiritual). O problema é tão sério que uma das frases mais ouvidas
em algumas comunidades evangélicas descompromissadas com a verdade sobre o
Reino de Deus, é: “tudo é relativo”.
O
mundo pecador - como exemplifiquei no intróito -, está se destruindo por si só.
Entretanto, o mundo espiritual também está sendo afetado por uma abordagem fria
e mortífera de um evangelho positivista, sem vida e sem eternidade em Jesus, O
Cristo ressuscitado.
O
tirocínio desse evangelho sem cruz ganha mais adeptos diariamente. Todavia,
esses seguidores estão sendo empurrados para mais próximos dos anjos caídos,
que esperam tão-somente o dia em que serão lançados no fogo do inferno (1
Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 21:8).
Isso
me faz lembrar o que escreveu o estudioso Izaldil Tavares de Castro,
assegurando que “uma crise não é o fim, não é o intransponível. Crise é o elo
entre duas partes do trajeto. É uma situação que impõe ao homem ou ao grupo a
definição de como prosseguir em busca de um fim, após as correções exigidas”.
O
que temos visto é uma sociedade travestida de “democrática”, tentando
desestabilizar os princípios de vida para o ser humano tendo como base de
firmação a Palavra de Deus. É inegável a existência de uma manobra para
instabilizar o papel preponderante da Igreja de Cristo na educação, instrução,
repreensão e na formação de verdadeiros cidadão (2 Timóteo 3:16), que
dignificam a coletividade aperfeiçoada pela seriedade intelectual.
Essa
sociedade vai mudar quando o povo de Deus compreender e viver Mateus 5:14 “Vós
sois a luz do mundo...), sendo exemplo de pai, de mãe, de filhos, de patrões,
de pagadores, de obediência a superiores e de cumpridores de seus deveres e de
homens prósperos sem apagar a luz dos outros para a sua própria brilhar. O
mundo pecador precisa ver a diferença no povo que diz ser de Deus.
A
nossa alegria, no entanto, é justamente saber que essa crise que assola a
igreja evangélica não dura para sempre, pois o Senhor Jesus Cristo afirmou que
“as portas do inferno não prevalecerão contra ela” – Mateus 16:18. Quero
afirmar, baseado nesse texto Mateus, que, por mais que a igreja, formada de
redimidos pelo sangue do Cordeiro – João 1:29, enfrente os déspotas
contemporâneos; não tenha o devido respeito dos depravados e imorais; e seja
vítima dos charlatões inconversos e infiltrados nos rebanhos; dos liberais e do
relativismo jamais será motivo de alegria para o diabo e seus asseclas, que
lutam desesperadamente para tirar o seu sentido da terra dos viventes.
Não
há dúvida. Temos condição, sim, de mudar essa realidade. Então o que falta para
isto acontecer? Faltam sensibilidade e seriedade na vida de muitas lideranças,
que estão fazendo a Obra de Deus descompromissadamente com as recomendações das
Escrituras. Além disso, devem elas se despir do orgulho, da soberba, da sua
altivez ministerial e se unirem em torno da moralidade da igreja, passando ela
a viver autenticamente, conforme explícito na Palavra de Deus.
Lembre-se:
Deus é o Senhor da Igreja, que em sua natureza é una, santa, universal (não tem
nada a ver com aquela outra), e apostólica.
Pr.
Gomes Silva
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