SUSTENTABILIDADE: A festa do minério em Picuí.

Segundo
Antonio de Pádua Sobrinho a proposta não é apenas de festas, baladas e shows o
evento atrairia um turismo diferenciado o “geoturista” através de exposições
dos recursos minerais, apreciando a beleza das cavas formadas pela lavra de
quartzo, feldspato, muscovita, berilo, tantalita, etc. Entendendo um pouco do
comércio do artesanato mineral e gemas, compreendendo o processo de extração e
comercialização dos minérios, que até hoje tem um peso marcante na economia
interna e no desenvolvimento socioeconômico da população local. Além dos “sítios arqueológicos, ricos em
arte rupestre, que retratam a rica cultura dos antepassados também são
atrativos geoturísticos da região" - acrescenta Pádua.
Picuí
ainda se destaca na química ( segredo) do Picolé Caseiro que ganhou
principalmente a capital paraibana e
potiguar com destaque de empresários bem
sucedidos na atividade que também gera
emprego e renda. A fama da capital da carne de sol do Brasil entrou no cardápio
(cultural) e a festa é bastante apreciada.
A
mineração um motivo real, um marco para credenciar o mandato do atual prefeito
e ficar na história ao criar o evento “Festa do Minério” ,assim como Ronaldo
Cunha Lima criou o maior São João do Mundo, para tanto é preciso ser
visionário! Como os versos do Picuiense, Antônio Henriques Neto “Cava túneis
colossais Dinamitando cristais Sem de luz ter um lampejo Neste Picuí sertanejo
Celeiro dos Minerais”
A
contrapartida do evento poderia colocar em evidencia a necessidade de maior
atenção à saúde do trabalhador no garimpo, o governo do estado tem feito
parcerias com associações da atividade mineradora da região com novos
equipamentos e máquinas, porém projetos como o de Antonio de Pádua “Garimpo Bom
Mineração Responsável” entre outros estudos que tem como objetivo reduzir os
riscos de acidentes e doenças como a silicose que afetam os garimpeiros precisam
ser divulgados e colocados em práticas.
O
evento chamaria a atenção dos envolvidos
para a importância do setor mineral, os problemas inerentes aos garimpos e como
resolvê-los, além de homenagear os garimpeiros que fizeram e fazem
parte desta atividade desenvolvida a mais de 60 anos no município e região, onde eles teriam a oportunidade de expor seus
conhecimentos participarem de debates, promovendo uma interação e troca de
conhecimentos entre os participantes.
Abordando
temas relacionados à história do garimpo no município, à situação atual da
pequena mineração, a situação da mulher garimpeira, problemas de segurança e
saúde laboral (com ênfase para a silicose), degradação ambiental, discussão
sobre o artesanato mineral como fonte de renda para a mulher do garimpeiro,
culminando com a distribuição de brindes, será um momento muito importante para
o município e para os garimpeiros que terão um dia totalmente voltado para eles.
A
“festa do minério” em Picuí contemplaria demais municípios da região que
explora a mesma atividade mineral. Transformar a potencialidade mineradora como
crescimento econômico de toda região, seria um passo para valorizar o comercio
local com a exportação de resultado com a sustentabilidade longe do homem
predador, quiçá a valorização do pequeno minerador ou garimpeiro em meio ao
atravessador.
A
historiadora, Fabiana Agra destaca a necessidade do resgate da festa do picolé
não o de manga de João Pessoa, mas o de muitos sabores de Picuí, e não ficar
apenas ao saborear a “festa da carne de sol”, mas fazer justiça a maior riqueza
da região com a valorização da terra do minério que já tem data comemorativa
conforme lei municipal 1.377 de autoria da vereadora Roseli Alves, sancionada
pelo executivo em 29 de Abril de 2009 e sancionada pelo prefeito constitucional
na época Rubens Germano Costa no mesmo ano.
Texto:
Antonio de Pádua Sobrinho
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