PICUÍ: Ceop realiza cursos de Gapa com famílias agricultoras participantes do p1+2.
No mês de Maio, o Centro de Educação
e Organização Popular (CEOP), que atua no Curimataú Paraibano como Unidade
Gestora Territorial (UGT), realizou nos municípios de Damião, Baraúna e Picuí,
cursos de Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos (GAPA). Nos cursos,
promovidos como parte das atividades referentes à execução do Programa Uma
Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e
financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome (MDS), se
fizeram presente famílias que foram cadastradas pelos animadores de campo
Juscelino, Edson, Joana Dark e Luís e que, portanto, terão acesso às
tecnologias sociais do Programa Uma Terra e Duas Águas.
No curso de GAPA, as agricultoras e
agricultores têm a possibilidade de trocarem experiências, descobrirem novos
métodos e manejos de como captar e armazenar água, cuidar da terra, bem como
esclarecerem possíveis dúvidas existentes com relação ao projeto, que durante
quinze meses possibilitará a construção de 303 tecnologias sociais de captação
e manejo de água da chuva para fins produtivos, como cisterna-calçadão,
cisterna-enxurrada, barreiro-trincheira e barragem subterrânea, a serem
entregues nas comunidades rurais dos municípios que circundam a região do
Curimataú e Seridó paraibano.
Alguns desses encontros foram
facilitados na cidade de Picuí, Paraíba, no Centro Educativo do CEOP. É o caso
da nona capacitação, acontecida entre os dias 28, 29 e 30 de Maio e que reuniu
cerca de trinta famílias agricultoras da comunidade Lajedo Grande, município de
Picuí, onde sob olhares atentos os facilitadores iniciaram o evento enfatizando
a importância da união existente entre a rede ASA, MDS e CEOP, para que
realmente o Programa Uma Terra e Duas Águas venha a se realizar e assim
promover a construção de meios práticos de desenvolvimento rural no Semiárido
brasileiro. Foram trabalhados ainda os temas “preservação ambiental”, uso
consciente da água, produção de alimentos agroecológicos e em seguida o grupo
foi convidado a observar ao redor de casa, perceber as belezas e riquezas do
quintal. Depois as famílias agricultoras assistiram um vídeo com orientações
sobre captação e armazenamento de água e convivência com o semiárido. Já nos
momentos de diálogo entre os participantes, o discurso se deu sobre água
servida, cuidados com o solo, técnicas para melhor recuperar a terra e sobre
fertilizantes.
O gerenciamento de Água para
Produção de Alimentos leva aos participantes do P1+2, através de discursões
sobre os olhares para o futuro Semiárido Brasileiro, histórias de luta,
resistência, sobrevivência, conquistas, realização de sonhos, acesso á água
para produção, além de fomentar momentos de aprendizado, como enfatizou á
agricultora Damiana Ferino: “É bom participar desses encontros, a gente aprende
bastante, conhece outras pessoas e também conseguimos realizar nossos sonhos,
pois tendo água é possível ter fartura em abundância, melhorar de vida, e
também gera renda para a comunidade”.
Encerrada a etapa dos cursos de
GAPA, algumas comunidades já se preparam para participarem de outras fases do
projeto, como a capacitação de pedreiros e o início das construções das
primeiras tecnologias sociais.
Maricelma Santos - comunicadora
popular da ASA
Picuí-PB
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