Em operação 'inédita', menina tem sangue filtrado e recebe rim.
Em
uma operação inédita no Reino Unido, uma jovem de 14 anos teve seu sangue
removido, filtrado e reinserido no corpo para possibilitar um transplante de
rim.
Nascida
com insuficiência renal, Megan Carter recebeu um primeiro transplante em 2011,
mas o novo órgão teve de ser removido no dia seguinte porque seu organismo o
rejeitou. A menina carregava anticorpos que atacavam o órgão transplantado.
Desde
o transplante mal sucedido, ela vinha sendo submetida a diálises.
Os
chamados antígenos leucocitários humanos são comuns em adultos, sendo
produzidos em resposta a transplantes, gravidezes ou doações de sangue.
Quanto
mais anticorpos deste tipo uma pessoa tiver, menores as chances de um
transplante ser bem sucedido.
Ao
longo de uma semana, o sangue de Megan foi removido, filtrado e reintroduzido
no corpo por meio de um novo tratamento conhecido como plasmaferese.
Depois
do procedimento, ela pôde receber um novo rim, doado por seu pai, Edward
Carter.
'Voltou à vida'
Segundo
a mãe de Megan, a menina "voltou à vida" desde que recebeu o
transplante, há três meses, no hospital infantil Great Ormond Street, em
Londres.
"Seus
cabelos estão sedosos, seus olhos voltaram a brilhar e ela não está mais
pálida. É a menina que sempre deveria ter sido", disse Carol Carter.
A
partir de agora, a jovem precisará de medicamentos fortes para garantir que seu
sistema imunológico não ataque o novo rim.
"Na
maioria dos transplantes usamos três medicamentos para reduzir a ação dos
mecanismos de defesa do corpo. Neste caso, usamos quatro e eles são bem mais
fortes", disse à BBC o pediatra Stephen Marks.
O
cirurgião Nizam Mamode disse esperar que o transplante melhore a qualidade de
vida da adolescente.
"Apesar
de este ser apenas o primeiro caso, esperamos oferecer a outras crianças na
mesma situação uma nova oportunidade de vida."
BBC
Brasil


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