Clubes e ligas exigem eleição na FPF e acusam interventores de golpistas.
A Federação Paraibana de Futebol
(FPF) recebeu um documento de manifestação, assinado por 48 clubes e ligas de
futebol amador, exigindo a organização urgente, por parte da Junta
Administrativa que comanda a entidade, de um processo eleitoral. Das equipes que
disputam a primeira divisão do Campeonato Paraibano, apenas Treze, Campinense e
CSP assinaram o manifesto. Procurado pela reportagem, um dos interventores da
FPF, Ariano Wanderley, revelou que estava organizando o processo eleitoral.
As agremiações amadoras e
profissionais, baseadas em artigos do estatuto da FPF e da CBF e ainda do
Código Brasileiro de Justiça Desportiva, querem que o edital das eleições seja
publicado em, no máximo, dez dias. Segundo o estatuto da entidade estadual, as
eleição para a próxima gestão à frente da entidade deveria ter sido realizada
em agosto, quarto mês anterior ao fim do mandato vigente, como versa o
documento estatutário. Caso a última presidente eleita, Rosilene Gomes,
estivesse no cargo, a gestão se encerraria no dia 31 de dezembro desse ano.
No documento, os clubes e as ligas
também reclamam da negligência da Junta Administrativa em não se preocupar com
o processo eleitoral. E ainda acusa os interventores Ariano Wanderley, João
Máximo e Eduardo Faustino de estarem arquitetando um golpe na entidade:
"este é o desejo de todos os clubes que subscrevem o presente instrumento,
por ser a medida de verdadeira justiça para o restabelecimento da ordem no
futebol paraibano, evitando assim um verdadeiro golpe à democracia e ao desporto,
que vem sendo arquitetado pelos interventores".
As agremiações ainda acusam a Junta
de estar favorecendo futuros candidatos. Caso as exigências não sejam
atendidas, os clubes prometem buscar uma intervenção por parte da Confederação
Brasileira de Futebol, na instituição maior do futebol paraibano.
Entenda o caso
A juíza Renata da Câmara ordenou o
afastamento de Rosilene Gomes da presidente da FPF no dia 3 de abril, por
suspeitar de possíveis irregularidades na eleição da ex-dirigente para o cargo.
A magistrada designou também para ficar à frente da entidade uma Junta
administrativa, que é formada por três auditores: Ariano Wanderley, João Máximo
Malheiros Feliciano e Eduardo Fausto Diniz.
Inicialmente, a decisão de Renata da
Câmara dizia que a permanência da Junta Administrativa seria de 90 dias,
extensível por mais 30 dias. Ao final do prazo, a juíza decidiu prorrogar mais
uma vez este prazo, agora por tempo indeterminado.
Globoesporte.com
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