PICUÍ NA FOTO: Fotógrafo percorre 3 mil km em 17 feiras livres para registrar elementos típicos da cultura da PB.
Parte da feira livre de Picuí |
Mostrar os personagens, costumes e
as interações sociais que ocorrem nas principais feiras livres da Paraíba. Esse
é o objetivo do projeto ‘Do Sertão ao Litoral: as encantadoras feiras livres’,
capitaneado pelo fotógrafo paraibano Thiago Nóbrega. Iniciado em 2012, o
projeto, que passou por 17 feiras livres paraibanas, percorrendo mais de 3 mil
km em todo o estado, e resultou em um livro, que será lançado nesta sexta-feira
(12), às 17h30, no museu Assis Chateaubriand, em Campina Grande, em evento
aberto ao público.
Segundo Thiago, o objetivo do
projeto é resgatar e preservar a cultura da feira livre nordestina por meio de
ensaios fotográficos. Ele afirma que a ideia de realizar o projeto surgiu
através da percepção de que cada feira tem a sua peculiaridade, o seu costume e
os seus diversos personagens. ”Sempre observei as mudanças que ocorrem na
sociedade, mas percebi que as feiras livres da Paraíba conseguem manter o ar
rico e democrático, tanto nas suas cores e objetos, como na população que
frequenta e vive da feira”, disse.
Dentre as 17 feiras visitadas, ele
destaca as feiras de Itaporanga, Sousa, João Pessoa, Campina Grande, Itabaiana,
Picuí, Cabaceiras e Guarabira como as principais do estado. “Escolhemos uma
feira de cada região. Essas são as mais relevantes na diversidade cultural da
Paraíba”, afirmou.
Para Thiago, o personagem mais
irreverente que ele encontrou durante o projeto foi um agricultor da cidade de
Sousa, que durante a semana trabalha com o roçado e aos sábados e domingos vai
para a feira livre ser repentista, onde ganha alguns trocados.
Produtos como o pião, o feijão
verde, os adereços feitos a base de couro, fogões artesanais, estilingues e
pilões de madeira são alguns dos principais atrativos regionais de uma
autêntica feira livre paraibana.
Thiago classifica o projeto como uma
‘odisseia’. Ele diz que reencontrar os balaieiros, os repentistas e os
carrinhos de lata, remete a um passado que algumas feiras das grandes cidades
não têm mais a oportunidade de vivenciar.
Correio
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