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TJPB recebe com surpresa paralisação de servidores e garante que canal de diálogo continua aberto.


A paralisação de servidores do Poder Judiciário estadual, nesta quarta-feira (10), é recebida com surpresa pela Mesa Diretora do Tribunal de Justiça da Paraíba e pelos integrantes da comissão que analisa os pleitos das entidades representativas dos servidores. Isto porque estava marcada, para esta quinta-feira (11), uma reunião com os sindicatos/associações e o TJPB, quando seria analisada e discutida a minuta de projeto da resolução que trata da progressão e promoção dos servidores na carreira.

A suspensão dos trabalhos por 24h ocorre um dia antes da rodada de estudos, cujo calendário foi organizado em comum acordo. O diretor de Processo Administrativo do TJPB, Eduardo Faustino, esclarece que os estudos estão bem avançados, e compreende que a população será a maior prejudicada com essa paralisação.

Quanto à mudança da jornada de trabalho, Eduardo Faustino destaca que a presidência defendeu a adoção do expediente pleiteado pelos servidores, porém uma decisão de Supremo Tribunal Federal (STF) dificultou a implantação da medida.

O TJPB informa que continua disposto a manter o diálogo permanente com os representantes de todas as categorias de servidores, entretanto, algumas reivindicações que implicam na ordenação de despesa, há dificuldade de atendimento, face à limitação orçamentária.

O desembargador Oswaldo Trigueiro do Vale Filho, que coordena a Política de Priorização do 1º Grau do Judiciário paraibano, considera que a derrubada do veto à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) devolve autonomia financeira ao Tribunal de Justiça da Paraíba e demais Poderes do Estado e refletirá positivamente nos investimentos do Judiciário no ano seguinte.

Ainda em relação a melhorias das condições de trabalhos dos servidores, o desembargador revelou que a derrubada do veto permitirá uma discussão mais ampla sobre a implementação da data-base, no sentido de implementar ganhos reais e não apenas uma reposição da inflação.

“Também poderemos trabalhar melhor com as progressões de carreira, bem como com o pagamento do retroativo. Gratificações, que são irrisórias em alguns casos, como chefias de cartório e algumas assessorias, também serão revisadas. Temos a possibilidade de novas contratações e nomeações de servidores. Estaremos preparados para discutir melhor estas situações”, antecipou.

Em relação ao orçamento 2015 – construído em quatro reuniões, cuja última foi realizada na segunda-feira –, o desembargador Oswaldo argumentou que o trabalho foi realizado em cima de dois cenários: um que considerou o veto e o repasse do duodécimo nos moldes de 2013, outro que se baseou na retomada dos percentuais sobre a corrente líquida do Estado.

“Felizmente, ficamos com o mais promissor e estamos alimentando o sistema com os novos números até esta quarta-feira (10), com a previsão de muitos projetos, mas com o cuidado de inserir no orçamento apenas o que era executável para 2015”, ressaltou, complementando que a peça orçamentária foi construída junto aos comitês orçamentários de 1º e 2º graus, compostos por integrantes legítimos, entre eles, representantes das categorias de servidores.


Por Gecom

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