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Administrando a igreja. Pr. Gomes Silva

Pr. Gomes Silva
O que vou falar (escrevendo) é um pingo de água no oceano quando se trata de administração de uma comunidade evangélica. Para muitos, principalmente os que pensam em se locupletar com a mensagem do Evangelho e da inocência de outros, “abrir” um trabalho na esquina “a” ou na “b”, é muito fácil. Precisa apenas de um casal e daí por diante faz-se um trabalho de pescaria – muitas das vezes em aquários alheios e sempre com muitas promessas descabidas e sem fundamentação bíblico-teológica -, e assim vai conquistando vidas.

Chegar até aí tem sido uma “maravilha” para muitos, que se intitulam líderes (pastores, profetas, apóstolos etc). Mas, na medida em que as demandas vão aparecendo, nota-se a ausência de qualificação para conduzir a Obra de Deus. Ensino de qualidade na Escola Bíblica Dominical e a mensagem objetiva e ortodoxa das Escrituras dão lugar a campanhas: Sete dias para isso. Mais sete dias para aquilo; e depois vão criando outras campanhas e o povo – em muitos casos -, vão sendo iludido, pois o verdadeiro alimento espiritual está sendo substituído. E o que é pior: muita gente dentro desses templos pensa que o evangelho é aquilo mesmo, que está vendo e participando; e poucas são as pessoas direcionadas a tomar uma decisão firme em tornar-se servo do Senhor.

Contudo, igreja não é apenas culto, Escola Bíblica Dominical nem campanhas para “prenderem” os membros dentro de quatro paredes. É muito mais que isso. Tudo depende de uma boa administração, onde são tomadas as decisões sobre recursos disponíveis, trabalhando com e através de pessoas para se atingir metas e objetivos.

Em conformidade com o Instituto Getro, “administração é o gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações fornecidas por outros colaboradores e também pensando previamente as conseqüências de suas decisões. É também a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar”.

[Nenhuma liderança cristã pode desconhecer os princípios da Administração, que são: planejar, organizar, dirigir e controlar, que são executadas através das suas principais funções administrativas: fixar objetivos e metas; analisar e conhecer os problemas; solucionar os problemas; organizar e alocar os recursos, tanto financeiros, quanto tecnológicos e humanos; liderar comunicando, dirigindo e motivando as pessoas; negociar; tomar decisões; controlar mensurando e avaliando].

Lamentavelmente, em muitas comunidades não se tem, por exemplo, livros de membros, batizados, casamentos, patrimônio etc. Quando se trata de finanças é um problema sério. Uso indevido e gastos excessivos. Falta controle nas entradas e saídas, mas, em muitos episódios, nota-se o acumulo de patrimônio de alguém que, antes, nada tinha. Por isso, os líderes sérios que existem neste País sofrem perseguição, humilhação e calúnia.

Lembra o Instituto Getro, que “o líder de um ministério seja ele designado de pastor, bispo, apóstolo ou com outra titulação, necessita mais do que secretários, tesoureiros e líderes de departamento, ele precisa que estas pessoas nestas funções sejam seus assessores”.

Já dirigi diversas igrejas e tenho notado as diferenças quando o assunto é liderança setorizada - pessoa que venha auxiliar o pastor em sua administração. Em algumas, muitas pessoas capacitadas, porém sem nenhum compromisso com a Obra de Deus; já em outras, por incrível que possa parecer, existiam membros que, visto de longe, não tinham a mínima condição de assumir nada do ponto de vista teológico, muito menos responsabilidades dentro da igreja. Todavia, eram aguerridas, esforçadas e não mediam esforços para o trabalho. E Deus as capacitou. E é assim mesmo: O Senhor trabalha não com os capacitados desinteressados, mas com aqueles que se deixam ser capacitado por Ele.

Minha sugestão para os que estão começando ou até para aqueles que já estão no ministério há anos e nunca procuraram se atualizar. Além de ter um bom curso teológico (e Campina Grande tem bons seminários, como STEC, ITESMI e Betel Brasileiro), o líder precisa se fortalecer também em administração eclesiástica e gerenciamento de projetos. Afinal de contas, a igreja lida com pessoas, que precisam de Bíblia e de conhecimento para fazer o melhor possível na Obra do Senhor.


[texto extraído do site http://www.institutojetro.com]

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