Dilma não fará pronunciamento na TV em 1º de Maio.
A presidenta Dilma Rousseff não vai gravar
um pronunciamento à Nação para ser exibido em cadeia nacional de rádio e
televisão nesta sexta-feira (1º), Dia do Trabalho, informou há pouco o ministro
da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. A decisão foi tomada na
reunião de coordenação política do governo no início da noite, em que Dilma
reuniu ministros do PT e de partidos aliados.
“A presidenta vai dialogar com os
trabalhadores, com a sociedade brasileira, pelas redes sociais. É uma forma de
valorizarmos outros meios de comunicação”, disse o ministro. Na última
manifestação em rede nacional feita pela presidenta, moradores de diferentes
cidades brasileiras protestaram nas janelas de suas casas por meio de um
panelaço e um buzinaço.
Esta será a primeira vez, no quinto ano em
que governa o país, que a presidenta não vai falar à população brasileira, por
meio do rádio e da televisão, no Dia do Trabalho. Questionado se a mudança na
tradição ocorreu devido às manifestações, Edinho Silva negou e disse que Dilma
continuaria utilizando a cadeia nacional quando necessário.
“A presidenta não teme nenhuma forma de
manifestação oriunda da democracia. Neste momento entendemos que a melhor forma
de comunicação, até para que outros meios [sejam valorizados], são as redes
sociais”, disse. “Ela valoriza todos os dias a comunicação impressa, ela
valoriza a televisão, e ela resolveu, desta vez, valorizar as redes sociais”.
De acordo com o ministro, o modelo em que a
comunicação por meio das redes sociais será feito ainda não foi fechado. Ele
disse ainda que a avaliação sobre esse ponto foi tomada de forma unânime pela
coordenação política do governo. Participaram da reunião os ministros da Casa
Civil, Aloizio Mercadante; da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto;
das Cidades, Gilberto Kassab; da Defesa, Jaques Wagner; das Comunicações,
Ricardo Berzoini; de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Aldo Rebelo, e das secretarias de Comunicação Social, Edinho Silva, e
da Aviação Civil, Eliseu Padilha, além do vice-presidente Michel Temer.
Mais cedo, o líder do governo na Câmara,
José Guimarães (PT-CE), disse que o governo tem “muita coisa para apresentar ao
trabalhador” nesta data. Ele citou ações recentes como a prorrogação do atual
modelo de reajuste do salário-mínimo, o diálogo com as centrais sindicais para
a apreciação das medidas de ajuste fiscal e um novo reajuste da tabela do
Imposto de Renda.
“O governo está preparado para anunciar um
conjunto de medidas vitoriosas que já dá para serem anunciadas, com grandes
conquistas para os trabalhadores. O 1º de maio não pode ser uma ato só para
distribuir brindes. Temos que mobilizar para a luta, para discutir com a
sociedade o significado da terceirização da forma como foi aprovada”, disse.
Agência Brasil
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