Professores do Estado entram em greve e deixam mais de 300 mil alunos sem aulas.
Os professores do Estado decidiram em
assembleia geral realizada na tarde desta terça-feira (31) entrar em greve por
tempo indeterminado. Com a decisão da categoria mais de 300 mil alunos ficam
sem aula na Paraíba.
De acordo com o diretor administrativo do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba (Sintep), Antônio Arruda, a
categoria reivindica 9% de reajuste para o Magistério a ser dado no mês de
abril; 7% para para o pessoal de apoio; revisão do Plano de Cargos Carreira e
Remuneração (PCCR) da categoria, e ainda um aumento para a gratificação dos
diretores das escolas. "Para os diretores, a reivindicação é um aumento da
gratificação tomando como base o piso salarial nacional do Magistério, que será
dado de acordo com o padrão das escolas", disse Arruda.
Ele explicou que para as escolas padrão A,
ou seja, com número de alunos até 500, o percentual de aumento reivindicado é
de 50% do piso salarial; já para as escolas padrão B, ou seja, que possuem de
501 a 1000 alunos, o percentual de aumento subiria para 60%; para os administradores
das escolas padrão C, com alunos entre 1001 e 1500, o percentual seria de 80%
do piso do Magistério; e as escolas padrão D, ou seja, com mais de 1500 alunos,
o percentual seria de 100%.
A assembleia geral desta terça-feira (31)
aconteceu depois que os professores realizaram assembleias regionais nas 12
regiões de ensino. De acordo com Antônio Arruda, em oito das 12 assembleias, a
decisão foi pela greve por tempo indeterminado. As outras quatro regiões
decidiram apoiar o que a assembleia geral decidisse.
Dentro do calendário de mobilização tirado
da assembleia geral nesta tarde, os professores marcaram para a segunda-feira
(6) a realização de assembleias nas regionais para elencar os comandos de greve
locais. Já na sexta-feira (10) a assembleia acontece em João Pessoa para a
escolha do comando geral de greve.
Com a paralisação dos professores do
Estado, 313 mil estudantes ficam sem aula nas 772 escolas distribuídas pela
Paraíba.
Ricardo
estuda antecipação
Em relação à paralisação decidida nesta
terça-feira (31), a Secretaria de Comunicação do Estado informou que o governo
continua estudando a possibilidade da antecipação da segunda parcela de
reajuste, uma vez que foram oferecidos aos professores os percentuais de 4,5%
já implantados e 4,5% para o mês de outubro.
Quanto à reivindicação da revisão do Plano
de Cargos, Carreiras e Remuneração, o PCCR, o governador Ricardo Coutinho (PSB)
concordou com a criação de uma comissão para isso.
O governo do Estado informou, ainda, que
foi concedido reajuste de 13,01% para o piso nacional da categoria referente à
carga horária de 30 horas semanais.
As reivindicações dos professores foram
antecipadamente apresentados e discutidos nessa segunda-feira (30), quando
Ricardo Coutinho recebeu numa audiência os representantes da categoria.
Correio
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