Professores do Estado mantêm greve; UFPB aprova indicativo e aguarda decisão nacional.
Os professores da rede estadual
decidiram na manhã desta quinta-feira (23), em assembleia geral, pela
continuidade da greve da categoria. A informação foi confirmada ao Portal
Correio pela diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras
em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) no Curimataú, Cícera Isabel.
Segundo ela, a decisão foi tomada de forma unânime.
Cícera Isabel explicou que o
posicionamento dos professores vem em apoio ao que já havia sido decidido em
assembleias regionais, realizadas em 12 regiões de ensino no estado, nessa
quinta-feira (22). “Apresentamos os resultados das regionais na assembleia de
hoje e, mais uma vez, os professores decidiram, por unanimidade, continuar a
greve por tempo indeterminado", disse.
Os professores do Estado estão em
greve desde 31 de março e reivindicam reajuste do Ministério da Educação de
13,01%, por força de lei federal; reajuste de 9% e regime de trabalho T-30 para
funcionários; revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do
Magistério e aprovação do PCCR dos funcionários; elevação da gratificação de
direto e eleições diretas em todas as escolas; pagamento integral do piso do
Magistério.
Nesta quinta (23), além da
assembleia geral, os professores em greve saíram às ruas do Centro da cidade em
passeata. A concentração do grupo foi em frente ao Lyceu Paraibano. De lá, os
professores seguiram pelo anel interno da Lagoa do Parque Solon de Lucena, e em
seguida pela Avenida Diogo Velho. O destino final do grupo foi a Praça João
Pessoa, onde foi realizado um ato público em frente à Assembleia Legislativa.
De acordo com boletim divulgado pela
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) às 10h, o ato público
interditou a faixa esquerda do anel interno da Lagoa. O fluxo de veículos no
local ficou intenso. Agentes de trânsito foram até o trecho para orientar
motoristas. Direcionar o tráfego de veículos para o anel externo da Lagoa foi a
alternativa criada pela Semob. Já os ônibus que vinham da Avenida Epitácio
Pessoa tiveram rota desviada pela Avenida Eurípedes Tavares. Os desvios, no
entanto, só foram necessários por cerca de 10 minutos, uma vez que a via logo
foi liberada pelos professores.
Servidores
federais
Os professores da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) se reuniram em assembleia geral nesta quinta-feira
(23) para discutir uma proposta de indicativo de greve nacional dos servidores
públicos federais (SPF). A mobilização faz parte das ações da campanha salarial
unificada dos SPF lançada no dia 25 de fevereiro.
Apenas 100 professores dos campus de
João Pessoa, Areia e Bananeiras compareceram à reunião. Apesar do quórum
insuficiente, a Aduf-PB decidiu realizar uma votação para medir o interesse da
categoria em aderir ao movimento. A maioria dos professores aprovou um
indicativo de greve sem data. O posicionamento será encaminhado para o
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
De acordo com a assessoria de
comunicação da Aduf-PB, os professores que participaram da assembleia decidiram
marcar novas assembleias para os dias 6 e 7 de maio. Na ocasião, eles podem
voltar a discutir o indicativo de greve. Isso vai depender do resultado de
reuniões do sindicato nacional com o Ministério do Planejamento, marcado para a
tarde desta quinta-feira (23), e com trabalhadores em educação, marcado para o
fim de semana.
Correio


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