PF desarticula esquema de extração ilegal de pedras preciosas na Paraíba.
Uma
operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF)
é realizada nesta quarta-feira (27) para desarticular um esquema de extração
ilegal da pedra preciosa turmalina Paraíba. Segundo a PF, uma única pedra de
turmalina azul pode chegar a valer R$ 3 milhões.
A
operação ‘Sete Chaves’ ocorre nas cidades paraibanas de João Pessoa, Monteiro e
Salgadinho e também nos municípios de Parelhas e Natal, no Rio Grande do Norte,
além de Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).
130
policiais federais do Nordeste estão dando cumprimento simultâneo a 8 mandados
de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão e 8 de sequestro de bens. Os
suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de
patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
Segundo
a Polícia Federal, entre os integrantes suspeitos de participarem da
organização criminosa estão diversos empresários e um deputado estadual, que
utilizavam uma rede de empresas para realizar o suporte das operações
bilionárias em negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro. O nome
do deputado ainda não foi divulgado.
Ainda
segundo a PF, o esquema criminoso começava com a extração da pedra no distrito
de São José da Batalha, em Salgadinho (PB). Em seguida, as pedras eram enviadas
à cidade de Parelhas (RN), onde ganhavam certificados de licença de exploração.
De lá, a turmalina paraíba seguia para Governador Valadares (MG), de onde era
comercializada para o exterior, em mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia,
Hong Kong, na China e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
A polícia suspeita que um grande volume destas
pedras esteja nas mãos de joalheiros e de pessoas no exterior. O nome da
operação faz referência aos negociadores no mercado restrito da turmalina azul,
que guardavam à ‘sete chaves’ o segredo sobre a existência de uma pedra
valorizada e pouco conhecida no mercado.
Os
detalhes sobre a operação serão apresentados em uma coletiva de imprensa no
auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal na Paraíba, na Rua
Annita Luiza Mello di Lascio, no bairro de Ponta de Campina, em Cabedelo,
Região Metropolitana de João Pessoa.
G1
PB
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