PICUÍ: Aluno da E.E.Professor Lordão é aprovado na Universidade de Coimbra.
O
aluno da Escola Estadual Professor Lordão, localizada na cidade de Picuí, José
Djalisson Santos Oliveira, foi aprovado no curso de Direito na Universidade de
Coimbra, em Portugal. José Djalisson é filho de uma professora da rede pública
estadual e de um pescador. Sua trajetória na escola é de muito sucesso, tendo
desde cedo participação ativa em projetos sociais.
Aos
sete anos, fez parte do Centro de Educação e Organização Popular (CEOP), onde
participava de oficinas e atividades relacionadas a assuntos que, até então,
não eram discutidos com crianças e adolescentes nas escolas, como abuso sexual,
política, drogas e DSTs. Aos 11 anos, ingressou no Movimento Escoteiro. Como
aluno, na 1ª série do Ensino Médio, publicou uma página nas redes sociais
chamada “Diário de Classe – Professor Lordão”, na qual reportava sobre a
situação da escola e a qualidade do ensino.
Representou
a Paraíba como Jovem Deputado na edição de 2014 do Parlamento Jovem Brasileiro
em Brasília, foi finalista do Programa Jovem Senador e Jovem Embaixador. Também
foi aprovado na segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (OBMEP) e a Olimpíada Paraibana de Química (OPBQ). Atuou como membro
do Grêmio Estudantil e do Conselho da Escola Estadual Professor Lordão, também
fez parte do Bateia de Cinema, um grupo de jovens que visa, junto com o
audiovisual, efetivar trabalhos sociais, além de fazer parte do 2º Acampamento
Nacional do Levante Popular da Juventude, movimento social de caráter popular
organizado por jovens do campo e da cidade, onde são debatidos temas políticos
fundamentais da juventude.
José
Djalisson se destacou pelo hábito de leitura e sempre foi estimulado pelos
professores da Escola Professor Lordão.
Tinha uma paixão por marcadores de páginas, o que o incentivou a enviar
um e-mail para várias editoras de todo o Brasil pedindo os marcadores, no final
do e-mail ainda acrescentava “e livros, caso estejam sobrando”. O pedido foi
atendido e por quase dois meses chegaram vários marcadores de páginas até de
outros países como Polônia, Eslovênia, Portugal, Espanha e livros de editoras
famosas.
O
aluno recebeu cartas incentivando-o a “ler e a acreditar nos seus sonhos”, de
escritores da Bahia, São Paulo e Santa Catarina. “Fiquei muitíssimo feliz. A
carta que mais me impressionou foi a de uma senhora de 89 anos, que pensava que
a juventude estava perdida”, diz Djalisson, como é conhecido entre os
escritores. “Doei parte dos livros a amigos e para a escola onde estuda, porque
livro não é pra ficar numa estante levando poeira”, finalizou.
Ascom
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