'Alertamos do perigo', diz irmão de homem morto pela 'Viúva Negra'
Maria Nazaré Felix de Lima, 62 anos, conhecida como viúva negra |
A
fama de 'Viúva Negra' não foi o suficiente para o agricultor Francisco Garcia
da Silva, de 59 anos, se afastar de Maria Nazaré Félix de Lima, de 62 anos,
suspeita de ter assassinado outros quatro companheiros ao longo da vida. Antes
de ser morto pela mulher no domingo (28) em Ielmo Marinho, na Grande Natal,
'Tico' já havia sofrido dois atentados, segundo o irmão Geraldo Garcia da
Silva. "Alertamos do perigo, tentávamos mostrar, mas ele não
aceitava", afirma.
Presa
no mesmo dia do crime, a Viúva Negra confessou ter matado o companheiro e
detalhou o homicídio em depoimento. A Viúva Negra também confessa outras três
mortes. E justifica a violência: "Eles me batiam", defende-se. Maria
Nazaré cometeu os demais homicídios na década de 90, foi condenada e chegou a
passar muitos anos presa. Há 5 anos ela estava em liberdade.
O
irmão conta que Tico e Maria Nazaré tinham um relacionamento há dois anos. As
duas vezes em que tentou matar o companheiro aconteceram nos últimos três
meses. "Uma vez ela pegou uma faca de serra e acertou a clavícula dele. O
corte não foi tão profundo. Um tempo depois acertou uma paulada na cabeça
quando ele estava de costas. Meu irmão perdeu muito sangue, mas escapou. Como
uma pessoa diz que ama a outra e faz isso?", questiona Geraldo.
O
casal morava em lugares diferentes, mas sempre se encontrava, ora no sítio onde
Tico morava, ora na casa de Nazaré na zona rural, local onde o agricultor foi
morto. De acordo com Geraldo, o lugar era isolado. "Parece uma caverna.
Não tem nem energia elétrica", afirma. O irmão também acredita que o crime
foi premeditado. "Pelo que ouvi ela tem prazer em fazer isso",
ressalta.
De
acordo com o depoimento de Maria Nazaré Félix de Lima, ela bebia com o namorado
antes de matá-lo. Ela conta também que esperou pelo momento oportuno antes de
golpeá-lo com um pedaço de pau. Ao levar a primeira paulada, o namorado estava
sentado na cama fumando um cigarro.
Ela
disse ainda que o namorado, após receber esta primeira paulada, já caiu
inconsciente, “não sabendo explicar quantos golpes veio a desferir após o
primeiro”.
Assassina confessa
Dos
cinco companheiros mortos, Maria Nazaré confessa ter matado quatro. E justifica
os crimes: "Eles me batiam", defende-se. Em três destes crimes,
cometidos na década de 1990, ela foi condenada e chegou a passar muitos anos
presa. Há 5 anos ela estava em liberdade.
O
agricultor Tico deixou nove filhos de três mulheres diferentes. Nenhum deles é
de Maria Nazaré.
G1
RN
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