No RN, 96% dos estudantes terminam ensino médio sem saber o básico da matemática.
Os
números estão no relatório De Olho nas Metas, divulgado ontem pelo Movimento
Todos pela Educação. O nível de proficiência em matemática foi medido com base
no Sistema de Avaliação da Educação Básica referentes a 2013, do Ministério da
Educação. No Rio Grande do Norte, a taxa foi de 3,8%. Mas não é só o estado e
outros da região que amargam resultados ruins.
De
acordo com os dados, 2,7% dos estudantes de Roraima terminam o ensino médio
dominando o conteúdo de matemática. No Maranhão, o percentual é 2,8% e no
Amazonas, 2,9%. São os três resultados no relatório.
O
resultado também é baixo na média nacional: 9,3% dos que concluem o ensino
médio absorveram o essencial da disciplina. Os estudantes do Distrito Federal
tiveram o melhor desempenho com 17%. Nem mesmo os estados com melhor resultado
atingiram a meta proposta pelo Todos pela Educação de 28,3% dos estudantes com
domínio do conteúdo de matemática. “A cada 20 crianças que ingressam no ensino
fundamental, apenas uma está saindo com a aprendizagem adequada em matemática”,
enfatiza a coordenadora-geral da pesquisa, Alejandra Velasco.
Em
português, os resultados foram um pouco melhores, porém também abaixo das
metas. O Distrito Federal tem 40,2% dos estudantes concluintes do ensino médio
com os conhecimentos essenciais em português. O percentual é maior do que a
meta nacional (39%), mas menor do que o objetivo específico (54,7%). Na média
de todo o país, o percentual ficou em 27,2%. Os piores resultados foram no
Maranhão e em Alagoas.
Para
contornar essa situação, Alejandra Velasco defende uma atenção específica ao
ensino médio. “Só corrigindo o percurso todo é que se corrigirá essa
estatística. Isso é o produto de toda a escolaridade desse aluno. A gente
precisa ter soluções específicas para os anos finais do ensino fundamental, que
é uma etapa esquecida das políticas públicas”, ressaltou.
Para
Alejandra, a matemática é uma disciplina especialmente difícil de se apresentar
aos estudantes. “Há uma dificuldade maior de relacionar esses conteúdos com o
cotidiano do aluno”, destacou. Por esse motivo, ela enfatizou a importância da
capacitação dos educadores.
Via Tribuna
do Norte
*Com
informações da Agência Brasil
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