Eleição 2016 gera movimentação de troca de partidos no Congresso.
Pouco mais de um ano antes da eleição de
2016, deputados e senadores insatisfeitos nos próprios partidos se movimentam
para trocar de legenda a tempo de concorrer.
O prazo para que um candidato possa se
registrar em uma legenda e disputar um cargo eletivo na eleição municipal do
ano que vem termina na próxima sexta-feira (2), exatamente um ano antes das
próximas eleições.
A legislação eleitoral exige que um
candidato esteja filiado a partido político pelo menos um ano antes do pleito.
Mas esse prazo poderá mudar se a presidente Dilma Rousseff sancionar o projeto
de lei da reforma política aprovado no Senado e na Câmara, que estabelece
somente seis meses de antecedência e não mais um ano.
Após 18 anos no PT, o deputado Alessandro
Molon (RJ), um dos vice-líderes do partido na Câmara, se registrou nesta quinta
(24) na Rede Sustentabilidade, legenda idealizada pela ex-senadora Marina
Silva.
A intenção do ex-petista é ser candidato a
prefeito do Rio de Janeiro em 2016, mandato que possivelmente não conseguisse
disputar pelo PT.
Insatisfeitos com o espaço que tinham no
PSB e no PMDB, os deputados Glauber Braga (RJ) e Danilo Forte (CE) fizeram o
mesmo que Molon. Braga foi para o PSOL, enquanto Danilo Forte trocou o PMDB
pelo PSB.
Forte explica que o PSB ofereceu a ele
posto de direção no partido, além da possibilidade de se candidatar à
Prefeitura de Caucaia, no Ceará.
“Estou assumindo a presidência do partido
no estado do Ceará, num quadro de reconstrução depois da saída da família
Gomes, que deixou o partido sem deputado federal, estadual e sem candidaturas
no interior do estado. E existe possibilidade de eu ser candidato a prefeito em
Caucaia, a segunda cidade do estado. É mais factível isso dentro do PSB que
dentro do PMDB. No PMDB, já tinha inclusive um diretório montado no município”,
afirmou Danilo Forte ao G1.
O deputado Glauber Braga diz que deixou o
PSB pelo PSOL por se identificar mais com a ideologia do novo partido. Ele
afirmou ainda que poderá ser candidato à Prefeitura de Nova Friburgo em 2016.
“O que me levou a mudar foi a afinidade
ideológica, conciliada com a prática política do partido. A candidatura em 2016
é uma questão em aberto. Não descarto, mas não há decisão. Minha relação é com
a Prefeitura de Nova Friburgo. Mas não foi isso que me levou a mudar de
partido”, disse o deputado.
De olho na eleição presidencial de 2018, os
irmãos Ciro e Cid Gomes deixaram o PROS em razão da possibilidade de se
candidatarem pelo PDT.
No dia da filiação, o líder do partido na
Câmara, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que ambos são cotados para
disputar a Presidência da República pelo partido.
“Ele (Ciro Gomes) é um dos nomes que o PDT
pode, sim, apresentar para 2018, mas não foi condicionado à candidatura a vinda
dele para o PDT”, disse Figueiredo, citando ainda Cid Gomes e o senador
Cristovam Buarque (PDT-DF) como possibilidades.
A senadora Marta Suplicy trocou o PT pelo
PMDB de olho nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, em 2016. O nome dela
será submetido à convenção do partido, para definir se será, de fato, lançada
na disputa.
G1
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