Greve dos servidores do INSS segue por tempo indeterminado na Paraíba.
A
greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua por
tempo indeterminado na Paraíba. De acordo com
o secretário de administração e finanças do Sindicato dos Trabalhadores
Federais em Saúde, Previdência e Trabalho da Paraíba (SindsprevPB), Elzevir
Cavalcante, a decisão foi tomada por unanimidade na tarde desta terça-feira
(1º) durante uma assembleia realizada no auditório do INSS em João Pessoa.
Durante a assembleia foram discutidos os rumos da greve e a contraproposta do
governo.
"Vamos
esperar até o governo apresentar uma proposta melhor, na próxima quinta-feira
vai haver uma audiência e estamos esperando uma melhoria nas propostas para
podermos reavaliar", informou Elzevir Cavalcante.
Segundo
Vera Level, da diretoria do sindicato, a greve no estado faz parte da
mobilização nacional da categoria. A queda no número de atendimentos diários é
de cerca de 85%, mas o sindicato não dispõe do número absoluto de pessoas que
estão deixando de ser atendidas. Os servidores federais pedem um reajuste salarial
de 27,5% imediato, com aumento gradual para os próximos quatro anos, além de
melhores condições de trabalho.
“O
Governo tem chamado para reuniões e conversas, mas até agora eles só ofereceram
uma projeção de reajuste para os anos de 2016 a 2019 como uma previsão da
reposição das perdas salarias da inflação neste período, mas o que a gente
pede, além disso, é a reposição das perdas que tivemos até 2015”, disse. Na
última reunião feita com o comando de greve, na quinta-feira (30), o Ministério
do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, dividido em parcelas nos próximos
anos.
Durante
a greve, os atendimentos nas agências que funcionam parcialmente são apenas
para os casos considerados de urgência. Os atendimentos que foram agendados
estão sendo remarcados. “Na maioria dos procedimentos, o reagendamento é feito
pelo telefone, através do número 135. Apenas em casos isolados é que as pessoas
precisam ir até a agência e falar com o gerente local para remarcar a data”,
comentou Vera.
A
categoria entrou em greve por tempo indeterminado no dia 13 de julho. Além dos
servidores do INSS, também aderiram à greve os servidores da Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério da Saúde e da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa).
No
caso do INSS, o SindsprevPB considera como casos de urgência as perícias
médicas e as concessões de benefícios, já no caso do SRTE, apenas os pedidos de
seguro desemprego e as emissões de Carteiras de Trabalho estão sendo feitos. De
acordo com o sindicato, cerca de 80% dos servidores aderiram à paralisação.
G1
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