Procuradoria pede ao STF inquérito para investigar senador Agripino Maia.
A
Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (RN),
presidente do DEM, por suposta prática de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
O
pedido da PGR é resultante de investigações da Operação Lava Jato, que apura
desvio de recursos e corrupção na Petrobras. De acordo com o pedido, as
investigações apontaram que o senador combinou pagamento de propina com
executivos da OAS, uma das empreiteiras alvo da Lava Jato. O dinheiro teria
sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Ao
G1, o senador José Agripino disse que se colocará à disposição das autoridades
para prestar esclarecimentos. “Apesar de achar essa acusação absolutamente
absurda, descabida e inverídica, eu me colocarei à disposição do Judiciário
para promover os esclarecimentos que forem necessários”, declarou. O G1 busca
contato com a assessoria da construtora OAS, mas não tinha conseguido até a
última atualização desta reportagem.
Para
a procuradoria, o inquérito não tem relação direta com a Lava Jato e, por isso,
não deve ficar com o ministro Teori Zavascki, relator no Supremo Tribunal
Federal dos casos relacionados à operação.
Com
isso, Teori Zavascki enviou o pedido de investigação para o presidente do
Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, a fim de que ele determine a
distribuição do caso para um novo relator.
Outro caso
Em
março deste ano, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF),
autorizou a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu
crime de corrupção passiva. Na ocasião, o pedido também foi feito pela
Procuradoria Geral da República.
Em
acordo de delação premiada, o empresário George Olímpio afirmou que pagou R$ 1
milhão ao senador para tentar implantar o sistema de inspeção veicular no
estado, governado pelo DEM. As informações foram veiculadas no Fantástico no
fim de fevereiro.
Na
época, o senador disse por meio de nota desconhecer "as razões que estejam
ensejando a reabertura deste assunto".
"Este
assunto, tratado em 2012, gerou processo de investigação pela Procuradoria
Geral da República que, em 31 de outubro de 2012, o arquivou pela 'inexistência
de indícios, mínimos que sejam, que confirmem a afirmação de que o Senador José
Agripino Maia teria recebido doação eleitoral ilícita do grupo investigado na
operação Sinal Fechado'", afirmou o senador na nota.
G1
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