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Governo do Estado promove ações alusivas ao Dia Mundial de Luta contra a Aids.


Primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids e dá início ao Dezembro Vermelho, mês voltado para atividades direcionadas ao enfrentamento do HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Para lembrar a data, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está oferecendo, neste domingo (29), na Praia do Tambaú (final da Av. Rui Carneiro) e na segunda-feira (1), no Ponto de Cem Réis, diversos serviços gratuitos, como testes rápidos para o diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites B e C, além da distribuição de preservativos, gel e material educativo. As atividades acontecem das 8h as 12h.

Além disso, no dia 9 de dezembro, será realizada uma palestra para os alunos de enfermagem do turno da noite da Faculdade Unipê, e a partir do dia 10, a SES iniciará uma oficina para firmar a prática do teste rápido para os profissionais de diversos municípios.

Durante todo o mês de dezembro, a SES realizará uma campanha de rua. Para isso, disponibilizou para as 12 Gerências Regionais de Saúde material gráfico (folders e cartazes), preservativos e gel lubrificante, e cada município fará sua ação de prevenção e testagem rápida, com o objetivo do diagnóstico precoce. Foram produzidos 200 mil folders e 20 mil cartazes, além de milhões de preservativos masculinos que foram distribuídos junto as GRS, a fim de fortalecer as ações junto aos municípios.

“Nossa meta é conseguir diagnosticar 90% das pessoas que vivem com o HIV e não sabem que têm. Dessa forma, fazemos um apelo a todas as pessoas que já tiveram relações sexuais sem preservativo, que busquem um serviço de saúde mais próximo de sua casa e façam o teste. Ele é rápido e com 25 minutos o resultado será disponibilizado. Caso o resultado seja reagente para o HIV/Aids, essa pessoa será encaminhada para um serviço de referência para iniciar o tratamento”, disse a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena. Ela lembrou ainda que na Paraíba o teste rápido para HIV/Aids já foi implantado em 200 municípios, ficando assim em segundo lugar no país em descentralização dos testes rápidos para a Atenção Básica.

Ivoneide Lucena salientou que o tratamento da Aids avançou consideravelmente, mas que é preciso ficar atento. “A doença hoje não é mais uma sentença de morte, mas também não pode ser banalizada. É uma doença crônica que é possível conviver tomando alguns cuidados”, alertou. A gerente de saúde disse ainda que a falta de informação deixou de ser um problema, mas a data serve para reforçar e ampliar as informações, além de promover um debate sadio entre pais, filhos, profissionais de saúde e educação. “É difícil alegar que falta informação, especialmente quando se fala em adolescentes e jovens, tão antenados e conectados. O sexo não pode ser encarado como um tabu pelas famílias e escola. Precisa ser tratado com naturalidade”, afirmou.

Ivoneide observa que o incentivo ao uso do preservativo deve começar assim que pais e professores perceberem que a fase da infância deu lugar à puberdade. “Mais difícil do que falar sobre sexo é ver tantas pessoas com tão pouca idade enfrentando uma gravidez indesejável e, muito pior, uma doença incurável como a Aids”, reforçou.

Congressos – De 17 a 20 de novembro aconteceu na capital o 10º Congresso Brasileiro de DST/Aids e Hepatites Virais e o 3º Congresso de Hepatites Virais. Na ocasião, foram apresentadas as novidades e os novos horizontes para conter a epidemia do HIV/AIDS no Brasil. De acordo com Ivoneide, o congresso foi um sucesso, com uma grande procura de inscritos, onde 2.960 profissionais da educação, saúde e estudantes de várias áreas participaram, sendo destes 900 da Paraíba.

“Fizemos diversas parcerias, uma delas bastante significativa, na qual articulamos com a Secretaria de Estado da Educação para mobilizarem escolas da rede estadual, para que fossem transmitidas mesas de debates do congresso para essas escolas. O tema que foi escolhido para ser transmitido ao vivo foi protagonismo juvenil. O resultado foi bastante positivo, e 22 escolas conectaram ao congresso e assistiram online os debates, e logo depois os professores facilitaram rodas de conversa em sala de aula. Essa discussão com o público jovem se faz necessária, uma vez que a vulnerabilidade dos mesmos é bastante presente em suas atitudes e práticas sexuais”, explicou Ivoneide.

Dados – Entre os anos de 2007 e 2015 foram notificados 4.018 casos de Aids em adultos na Paraíba. Destes 2.696 casos em homens e 1.322 em mulheres. No mesmo período foram notificados 1.059 óbitos por Aids.

Ivoneide explicou que quem passou por uma situação de risco (fez sexo sem camisinha) e ficou com a dúvida, deve procurar o Hospital Clementino Fraga para fazer a Prevenção Pós-Exposição (PEP). “Essa pessoa iniciará com o tratamento por 29 dias e depois fará o teste rápido para HIV/Aids, e por algum tempo (até seis meses) deverá fazer o monitoramento da sorologia para o HIV”, explicou.

Os locais que oferecem o tratamento da Aids no estado são os Serviços de Atendimento Especializado em HIV/Aids (SAEs) de Patos, Santa Rita e Cabedelo, além do Hospital Clementino Fraga e Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa , e Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.

O tratamento para Aids e Hepatites Virais é único em todo o Brasil, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Crianças e Adolescentes – Guia de Consulta Rápida. A disponibilização dos medicamentos antirretrovirais ocorre nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos ARVs, localizadas em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras. “Existem 25 tipos de antirretrovirais e eles são dispensados de acordo com a receita do médico infectologista, que segue os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, disse Ivoneide.



ascom

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