Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e microcefalia.
Imagem ilustrativa - da internet |
O
Ministério da Saúde confirmou neste sábado (28) que existe relação entre o
vírus Zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país. Segundo nota
divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no Ceará com
microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em
amostras de sangue e tecidos.
O
resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério,
“uma situação inédita na pesquisa científica mundial”. O governo assegurou que
vai dar continuidade às investigações para descobrir quais as formas de
transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período de maior
vulnerabilidade para a gestante. “Em análise inicial, o risco está associado
aos primeiros três meses de gravidez”, complementou.
Ontem
(27), o instituto de pesquisa notificou o governo sobre outros dois óbitos
relacionados ao vírus Zika. As análises indicaram que o vírus pode ter
contribuído para agravar estes casos. “Esta foi a primeira ligação de morte
relacionada ao vírus zika no mundo, o que demostra uma semelhança com a
dengue”.
O
primeiro caso confirmado foi o de um homem com histórico de lúpus e de uso
crônico de medicamentos corticoides, no Maranhão, e o segundo é de uma menina
de 16 anos, no Pará, que morreu no final de outubro, depois de relatar sintomas
semelhantes ao de dengue, como dor de cabeça e náuseas.
Diante
dessa declaração a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para
combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação
da dengue, Zika e chikungunya. “O momento agora é de unir esforços para
intensificar ainda mais as ações e mobilização”, alertou.
Agência
Brasil
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