Casos de microcefalia aumentam na PB, segundo o Ministério da Saúde.
O
número de casos suspeitos de microcefalia relacionado ao zika vírus notificados
na Paraíba subiu de 709 para 750 casos, de acordo com as informações divulgadas
pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (2). O dado atualizado considera os
casos desde 22 outubro de 2015, quando começou o monitoramento de casos de
microcefalia no Brasil, até o sábado 30 de janeiro. Segundo os dados do
Ministério, dos casos notificados no estado, 460 estão sob investigação, 37
foram confirmados e 253 foram descartados.
O
Ministério da Saúde e os estados investigam 3.670 casos suspeitos de
microcefalia. Segundo o MS, o número representa 76,7% dos casos notificados. O
novo boletim divulgado nesta terça-feira (2) aponta, também, que 404 casos já
tiveram confirmação de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso
central, sendo que 17 com relação ao vírus Zika.
De
acordo com o novo boletim, o estado do Pernambuco continua com o maior número
de municípios com casos confirmados (56), seguido dos estados do Rio Grande do
Norte (31), Paraíba (24), Bahia (23), Alagoas (10), Piauí (6), Ceará (3), Rio
de Janeiro (2) e Rio Grande do Sul (1).
Apenas os estados do Amapá e Amazonas não registraram casos. O estado do
Acre, que no último boletim também aparecia sem registro de casos, aparece com
20 casos em investigação.
A
microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o
esperado (perímetro menor ou igual a 32 cm para bebês a termo) e que compromete
o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. As causas exatas do surto no
Brasil ainda estão sendo investigadas, mas há fortes evidências de que o zika
vírus tenha relação com o surto.
O
vírus zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente
o mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
A
maioria das pessoas não tem sintomas, mas quando surgem são principalmente
erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma
semana, em geral.
Benefício para mães
Ainda
nesta quarta-feira, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
informou que mães de crianças diagnosticadas com microcefalia podem se
inscrever no Benefício de Prestação Continuada (BPC). O auxílio tem o valor de
um salário mínimo por mês e é normalmente concedido a idosos com mais de 65
anos que não recebem aposentadoria e a pessoas diagnosticadas com um algum tipo
de deficiência.
Estado de emergência
Em
novembro, o governo declarou estado de emergência em saúde pública no país por
causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste.
g1
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