Conta de luz deve cair 9,8% para 216 cidades a partir de maio.
Os
consumidores de 216 municípios paraibanos terão um pequeno alívio na conta de
luz com o fim da cobrança extra do
sistema da bandeira tarifária. Com menor demanda da atividade econômica e o
aumento do índice pluviométrico nas regiões onde estão os principais
reservatórios de água do país, a cobrança extra da energia elétrica (bandeira
tarifária), que começou a ser reduzida neste mês de fevereiro deverá ser zerada
até maio deste ano.
Neste
mês de fevereiro, foi criada a bandeira vermelha patamar 1, que é mais barata
do que a que estava valendo até janeiro, caindo de R$ 4,50 para R$ 3 por 100
kilowatts-hora (KWh) consumidos. Em março, já está definido que a bandeira
amarela entrará em vigor, reduzindo o encargo para R$ 1,50 por cada 100 KWh
consumidos.
A
previsão do Ministério das Minas e Energia é que em maio a bandeira seja a de
cor verde, que significa custo zero de cobrança extra para o consumidor final. Com isso, a redução pode chegar a 9,8% a cada
100 kilowatts-hora (Kwh).
O valor reduzido vai até a conta de agosto,
quando será anunciado o reajuste anual da tarifa da Energisa Paraíba, que
inclui 216 municípios.
IMPACTO
NO SETOR
A
notícia trouxe um pouco de otimismo aos empresários da Paraíba. O presidente da
Associação Paraibana de Supermercados (ASPB), José Willame de Araújo, declarou
que caso se concretizem os prognósticos de redução na conta de energia elétrica
o segmento deve reduzir custos. “Toda redução na conta de luz será bem vinda
para os empresários do ramo, porque o custo da energia elétrica representa
cerca de 2% do faturamento total dos empresários. Trabalhamos com câmaras
frigoríficas para conservar vários alimentos”, explicou.
Segundo
ele, porém, os tributos como ICMS e as contribuições federais são ainda um peso
na conta de luz. O líder empresarial
frisou que o custo da bandeira tarifária apenas incrementa o alto preço do
serviço, mas não é um dos principais motivos de preocupação dos empresários. Um
exemplo citado pelo presidente da ASPB é que um supermercado que paga R$ 14 mil
mensal de energia elétrica paga cerca R$ 600 de bandeira tarifária. “Além dos
tributos, os reajustes anuais no serviço têm sido muito altos”.
Para
o engenheiro eletricista do IFPB Joabson Nogueira, dificilmente os
reservatórios de água do país estarão, até maio, com água suficiente para
suprir as unidades consumidores ao ponto de ser possível adotar a bandeira
verde. “As principais usinas do Rio São
Francisco que abastecem o Nordeste, por exemplo, Sobradinho e Paulo Afonso,
estão com o nível muito baixo”.
JPOnline
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