'Foi assassinado', diz pai de garoto encontrado morto em falésia no RN.
João Pedro Lima Pontes tinha 14 anos |
"Nós
acreditamos que foi assassinato. Ele não tinha envolvimento com nada errado,
era muito inocente". Foi desta forma que Marcos Pontes, pai do adolescente
João Pedro Lima Pontes, se referiu à morte do filho. O corpo do adolescente de
14 anos foi encontrado no início da tarde desta terça-feira (15) em meio às
falésias da praia de Cotovelo, no litoral Sul do Rio Grande do Norte. João
Pedro estava desaparecido desde à noite desta segunda (14).
João
Pedro morava em Pium, localidade próxima à praia de Cotovelo. De acordo com
Marcos, João era um menino tranquilo, obediente e estudioso. O adolescente
completaria 15 anos em junho. "Ele tinha ido para escola pela manhã, fez
as atividades da escola e saiu para caminhar na praia", falou o pai.
De
acordo com Marcos, como o adolescente demorou a voltar para casa nesta
segunda-feira (14), familiares e amigos realizaram um mutirão para tentar
encontrá-lo. Segundo o pai, o grupo identificou as pegadas de João Pedro
marcadas na areia. No entanto ao invés de caminhar em direção ao lado mais
movimentado da praia, como sempre fazia, as pegadas levavam até uma falésia, localizada
dentro de uma área militar, de acesso restrito.
"Encontramos
as pegadas pela noite e fomos seguindo. Não eram apenas as pegadas dele que
estavam no chão, ele estava sendo acompanhado por alguém, mas não sabemos quem.
Ele saiu de casa desacompanhado. Não conseguimos chegar até o final porque em
uma parte o barro é mais duro e as pegadas sumiram", explicou. Apenas no
início da tarde desta terça um familiar conseguiu, pela praia, chegar até o
local aonde o corpo estava.
Segundo
o tenente Moisés de Almeida, do 3º Batalhão da Polícia Militar, o corpo do
adolescente apresentava sinais aparentes de violência. "Como ninguém
presenciou nada, só será possível afirmar o que houve após a perícia ser
concluída", afirmou.
Marcos
disse que tentou relatar o desaparecimento do filho à polícia, mas que não
conseguiu registrar a ocorrência. "Tentei fazer o registro na delegacia de
Plantão da Zona Sul ontem à noite, mas me disseram que só podíam fazer o B.O.
depois de 24h", falou.
2º
caso em um mês
Este
é o segundo caso em menos de um mês em que populares encontram corpos com
sinais de violência em na praia de Cotovelo. Em 21 de fevereiro, o corpo de
Diogo Rosembergh da Silva Nóbrega, de 26 anos, foi encontrado no mesmo trecho
da praia, localizada na Grande Natal.
A
perícia feita pelo Itep apontou que o professor morreu em razão de um
traumatismo cranioencefálico de ação contundente. Ou seja, foi vítima de uma
agressão que causou fratura no crânio e dano físico ao cérebro. A perícia
descarta a possibilidade de afogamento, mas não aponta se o professor foi
assassinado ou cometeu suicídio.
G1
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