Ministro nega que SUS será afetado por corte de verba.
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, negou hoje (19) que o governo do presidente
interino Michel Temer esteja elaborando um plano de redução de gastos que possa
afetar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele disse que a meta é
investir na melhoria da saúde pública e explicou que a preocupação é com os
gastos previdenciários.
“O
SUS é um direito universal de cada cidadão brasileiro e uma garantia
absoluta", afirmou o ministro, após visitar a 23ª Feira Internacional de
Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios,
Farmácias, Clínicas e Consultoria Hospitalar 2016, em São Paulo.
O
que está se buscando, conforme o ministro, é uma gestão de qualidade visando
dotar a rede pública dos melhores equipamentos e torná-la mais próxima do
índice de bom desempenho das redes privada e de filantropia. “Estamos nos
esforçando para isso”, assinalou.
Redução
de custos
No
evento, o presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do
Estado de São Paulo (Fehoesp), Yussif Ali Mere Júnior, apresentou uma proposta
do setor que defende a flexibilização de portarias que tratam da aquisição de
produtos. Como exemplo, a entidade citou que o tipo de seringa usado em
hospitais poderia ser alterado para um item mais barato, sem que isso viesse a
comprometer a qualidade do atendimento.
O
ministro da Saúde afirmou que a sua participação na feira foi uma oportunidade
para aprender com o setor e que ambos os lados poderão ter uma sequência de
reuniões e estudos de eficiência. Ele enfatizou a necessidade de cortar gastos.
”Precisamos gerir melhor o SUS, queremos gastar melhor cada centavo que é
utilizado no SUS.”
Dados
do Ministério da Saúde indicam que, em todo o país, o atendimento médico por
meio do SUS gera uma demanda superior a 50% do mercado de equipamentos
hospitalares e 90% do mercado de vacinas. Além disso, são feitas mais de 500
milhões de consultas médicas por ano; 3,2 bilhões de procedimentos
ambulatoriais por ano e 1 milhão de internações.
Agência
Brasil
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