Protestos marcam Dia da Independência em todo o país.
O 7 de Setembro foi marcado por
protestos em todo o país. O Grito dos Excluídos, manifestação tradicional da
data, registrou, até agora, atos em 19 cidades, sendo 14 capitais. A estimativa
da organização, antes dos atos, era protestos em 23 estados e no Distrito
Federal. A coordenação nacional do Grito informou que ainda está recebendo
informações dos organizadores locais para saber se a expectativa se
concretizou.
Além da pauta habitual, de defesa
dos direitos sociais, os pedidos de eleições diretas e de saída do presidente
Michel Temer dominaram os protestos. Em algumas cidades, manifestações
contrárias a Temer se juntaram às atividades programadas pelo Grito dos
Excluídos – caso de Brasília.
A coordenação nacional do Grito
confirma, por enquanto, protestos em 14 capitais: Belo Horizonte, Teresina,
Belém, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju, Maceió, Fortaleza, Recife,
Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Boa Vista. Segundo o movimento, no interior,
houve manifestações nas cidades de Montes Claros e Governador Valadares, em
Minas Gerais, Sorocaba, em São Paulo, Juazeiro do Norte, no Ceará, e Garanhuns,
em Pernambuco.
Os repórteres e correspondentes da
Agência Brasil acompanharam os protestos em sete capitais:
Brasília
Em Brasília, um protesto contra o
presidente Michel Temer convocado pelas redes sociais uniu-se ao Grito dos
Excluídos. O grupo marchou entoando palavras como “Eu já falei, vou repetir, é
o povo que tem que decidir”, defendendo a escolha popular dos governantes.
Os manifestantes também criticaram a
reforma da Previdência e a proposta de fixação de um teto para o reajuste
orçamentário, contida na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016. De
acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, no auge da manifestação, havia
cerca de 2,7 mil participantes. Para os organizadores, eram 10 mil.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o ato do Grito
dos Excluídos ocupou cerca de 1 quilômetro de uma das pistas da Avenida
Presidente Vargas, e a marcha percorreu cerca de 2 quilômetros até a Praça
Mauá.
A manifestação, que tradicionalmente
defende direitos sociais, ganhou novas bandeiras com a adesão de grupos
contrários ao impeachment de Dilma Rousseff e favoráveis à saída do presidente
Michel Temer.
São Paulo
Na capital paulista, o protesto
chamou a atenção para os problemas do capitalismo, tema da edição do Grito dos
Excluídos deste ano. A marcha foi pacífica e não houve incidentes. Em alguns
momentos, os participantes gritaram palavras de ordem contra o governo Temer.
Belo Horizonte
O ato do Grito dos Excluídos no
centro de Belo Horizonte converteu-se em um protesto contra o governo de Michel
Temer. Contrários ao processo que levou ao afastamento definitivo da presidenta
Dilma Rousseff, eles pediam a convocação de eleições diretas.
A organização estimou em 10 mil
pessoas o número de participantes no ato. A Polícia Militar informou que não
faz estimativa de participantes.
Porto Alegre
A marcha do Grito dos Excluídos na
capital gaúcha partiu da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), que estava ocupada por integrantes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após o protesto, o grupo desmobilizou a
ocupação, que ocorria também no Ministério da Fazenda.
A maioria dos participantes era
composta por integrantes do MST. Havia ainda membros da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), movimentos negros, feministas e LGBT. Representantes dos
bancários, em greve nacional desde ontem (6), também acompanharam a caminhada.
Salvador
Na capital baiana, o protesto teve
participação de representantes de movimentos sociais e religiosos e de centrais
sindicais. Durante a passeata, em tom crítico, líderes e coordenadores do Grito
dos Excluídos manifestaram-se em um carro de som contra o atual governo e a
situação social e política do Brasil.
Segundo os organizadores, mais de 15
mil pessoas participaram do ato de hoje. A Polícia Militar não divulgou
estimativa do número de participantes.
Recife
No Recife, o Grito dos Excluídos
também uniu a tradicional pauta de demandas por direitos sociais, respeito aos
direitos humanos e reformas estruturais ao pedido pela saída do presidente
Michel Temer do poder. O grupo criticou, ainda, mudanças defendidas
publicamente pelo governo Temer.
Agência Brasil
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