MEC adia Enem em quatro locais na Paraíba e 2.468 inscritos são afetados.
O
Ministério da Educação confirmou na manhã desta sexta-feira (4) que o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no sábado (5) e domingo (6), foi
adiado para 2.468 inscritos que fariam a prova em instituições de Areia,
Bananeiras e Cabedelo. O motivo apontado seria as ocupações que aconteceram
nestes locais nos últimos dias.
No
campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em Areia, no Agreste
paraibano, 600 pessoas vão deixar de fazer o exame. Na mesma instituição em
Bananeiras, a prova foi adiada para 1.478 inscritos que fariam a prova nos
campi de Agroecologia e Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias. Já no
campus do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), em Cabedelo, o Enem também foi
adiado e 440 pessoas não devem fazer a prova.
Em
contato com o G1, as duas instituições informaram que não há mais ocupações
nestes locais. O IFPB disse ainda que os estudantes dos campi de Sousa,
Cajazeiras e Cabedelo devem voltar a ocupar os prédios após a prova.
Ocupação na UFCG em Sumé
Cerca
de 50 estudantes estão ocupando o Centro de Desenvolvimento Sustentável do
Semiárido (CDSA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) em Sumé, no
Cariri paraibano, desde a noite da quinta-feira (3). O prédio é local de prova
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e os manifestantes prometem barrar a
realização do exame.
O
G1 entrou em contato com a direção do CDSA, mas foi informado que os
responsáveis saíram do local após a ocupação. A assessoria de imprensa da UFCG,
no entanto, nega que o prédio esteja ocupado.
De
acordo com o estudante Diego Kehrle, a motivação da ocupação é que o grupo é
contra o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55, que já tramita no Senado e
limita os gastos públicos por 20 anos. "Nós estamos seguindo uma pauta
nacional. Fizemos uma assembleia entre os alunos e deliberamos pela
ocupação", disse.
Sobre
o prédio ser local de prova do Enem, o estudante disse que a intenção do grupo
é não permitir que a prova seja realizada. "Não adianta realizar um Enem
quando a universidade e toda área da educação está ameaçada no país",
continuou Diego Kehrle. Até às 11h (horário local), o MEC não havia adiado a
prova neste campus.
G1
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