Cooperativa vai gerar energia mais barata para municípios, garante a UBAM.
Objetivando diminuir os
custos com energia elétrica, a União Brasileira de Municípios (UBAM) iniciou o
processo de criação da Cooperativa Energética dos Municípios, personalidade
jurídica que vai administrar os recursos naturais, comprar e distribuir energia
elétrica para as prefeituras municipais da Paraíba, bem como viabilizar a
geração de energia renovável, através da implantação de parques eólicos e
painéis fotovoltaicos para captação de energia solar.
Segundo o presidente da
Ubam, Leonardo Santana, a cooperativa viabilizará inicialmente a
municipalização dos serviços de aquisição, fornecimento e manutenção de energia
elétrica nas 223 cidades paraibanas, através de projetos encaminhados às
câmaras municipais, tornando esses serviços essenciais de responsabilidade
municipal.
Ele garantiu que a criação
da cooperativa possibilitará às prefeituras economizar mais de 50% do que
gastam para adquirir energia, pois terá o direito inalienável de participará
dos leilões e negociar tarifas bem mais em conta, transferindo para os
municípios sem lucro nenhum, diminuído significativamente as tarifas praticadas
hoje.
O presidente da Ubam
destacou que os leilões são a principal forma de contratação de energia no
Brasil. Por meio desse mecanismo, concessionárias, permissionárias e
autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema
Interligado Nacional (SIN) garantem o atendimento à totalidade de seu mercado
no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Quem realiza os leilões de energia
elétrica é a CCEE, por delegação da Aneel.
Leonardo informou que as
prefeituras e câmaras municipais juntas pagaram quase meio bilhão de reais por
energia elétrica, em 2015 e 2016. Ele lamentou profundamente os altos preços
praticados pelas concessionárias, que acumulam fortunas incalculáveis, sem
investir nenhum real na área social e ambiental do Estado, inclusive sem pagar
o uso do solo e espaço aéreo que são de domínio dos municípios.
“Estamos trabalhando a
serviço dos municípios, para garantir a municipalização dos serviços e criação
da Cooperativa Energética. Com isso, a energia, além de mais barata, terá seu
fornecimento mais eficiente, não sofrerá cortes por falta de pagamento, e será
adquirida diretamente na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)”.
Leonardo ressaltou que os
valores cobrados pelas concessionárias por energia elétrica são impraticáveis e
comprometem as receitas municipais, além das mesmas fazerem uso do solo das
cidades, sem a devida prestação pecuniária, transformam o negócio jurídico numa
relação ilegal, podendo ser questionado na justiça, pois descumpre a Lei 8.666
de 1993, a qual versa sobre relação entre o ente público e o privado.
Correio da Paraíba


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