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Genival Lacerda cobra cachê ao prefeito de Campina Grande


O cantor Genival Lacerda fez uma cobrança pública ao prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), pedindo o pagamento do cachê referente à apresentação no Maior São João do Mundo. A cobrança tem circulado nas redes sociais. No áudio, o artista relata uma verdadeira peregrinação por salas da administração municipal em busca do dinheiro, cujo valor não foi revelado. Ele ressaltou também que tem recebido cobranças dos integrantes da banca, do ônibus que faz  traslado da banda, etc. “Não me chame mais para tocar em Campina Grande, mas pague pelo cachê para eu pagar aos artistas”, disse.


Lacerda lembrou que é um cantor nacional e que leva o nome da cidade para todo o Brasil e, por isso, não mereceria passar pelo aperreio. O caso lembra outra ocorrência também deste ano, quando o Antônio Barros e Cecéu se recusaram a se apresentar no São João da cidade. O argumento apresentado foi o de que não teria prazo para que o cachê fosse pago. Houve troca de acusações entre artistas e prefeitura, mas o espetáculo foi cancelado e outra banda foi contratada para ocupar o espaço. Um fato lamentável para uma cidade que tem como marca a promoção do Maior São João do Mudo.

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, divulgou nota também nesta sexta-feira (23) lamentando a queixa de Genival Lacerda. Ele atribuiu o problema a questões de ordem burocráticas involuntárias e à necessidade de se adotar providências no estrito limite da lei, terminaram por impor uma situação desgastante na tramitação e quitação do débito. De acordo com o prefeito, originalmente, o pagamento do cachê a Genival Lacerda e outros artistas seria feito pela empresa Aliança, do Recife, responsável pela captação de patrocínios para o Maior São João do Mundo. Como a Aliança alegou não ter condições de quitar o pagamento, a Prefeitura tentou encontrar uma forma legal para resolver o problema.

Rodrigues explicou que o contrato não foi firmado com o poder público municipal, havendo, portanto sérios riscos em relação à prestação de contas. “E, por mais carinho e respeito que eu tenha a Genival, só autorizo pagamentos dentro da total legalidade processual e respeitando os trâmites básicos”, destacou Romero. Para tentar resolver a questão, a prefeitura fez uma consulta formal ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) sobre a situação inusitada, havendo também pedido de parecer, por parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, à Procuradoria Geral do Município sobre o impasse.




Suetoni Souto Maior

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