ATENÇÃO: TCE e MPPB de olho na enxurrada de nomeações de parentes em prefeituras.
A
preocupação do MPPB, TCE e até da Famup com a prática de nepotismo por parte
dos prefeitos, é que muitos iniciaram a gestão privilegiando membros da família
com os cargos do primeiro escalão. Esposas, irmãos, tios, primos e outros
parentes dos gestores foram nomeados para ocupar secretarias ou órgãos da
administração indireta, transformando as Prefeituras em uma espécie de empresa
familiar.
Vários
casos foram registrados, dentre eles o do prefeito de Montadas, Jonas de Souza
(PSD), que nomeou sete membros da família para seu secretariado. O novo gestor
nomeou a esposa, Kátia Ramalho para Secretaria de Finanças; o tio, Jose de
Arimateia Souza, como chefe de gabinete; o irmão, Erasmo de Souza, para
Secretaria de Saúde; o primo Lindembergue de Souza Silva, para Secretaria de
Administração; o primo Enéas Veríssimo, para Procuradoria Geral; a irmã
Neuracir de Souza, para Secretaria de Educação; e irmão Leandro de Souza, para
Secretaria de Infraestrutura.
Além
de Montadas, já houve registros de nomeação de parentes nas prefeituras de
Santa Rita, Pilar, Bananeiras, Brejo dos Santos, entre outras. Em Santa Rita, o
prefeito Emerson Panta (PSDB) nomeou a esposa, Edjane Panta, como nova
secretária do Bem Estar Social da cidade, além de do primo Luciano Alvino para
o cargo de secretário de Educação e Procurador do Município.
O
prefeito Emerson Panta disse que as nomeações feitas por ele não se
caracterizam como prática de nepotismo, porque a esposa vai doar a remuneração
para três instituições filantrópicas do município. Além disso, conforme
ressaltou, há uma determinação do STF que não considera a prática como nepotismo
por se tratar de uma função de confiança e não um cargo vitalício. “Nenhum
secretário tem cargo vitalício na prefeitura. Tem metas a cumprir. O resultado
do trabalho de cada um é que vai garantir se o secretário vai permanecer
conosco ou não”, argumentou o tucano.
Em
Pilar, o prefeito Benício Neto (PSB) nomeou o pai e a mãe entre os auxiliares
da gestão, também na solenidade de posse. A mãe, Claudia Araújo, foi escolhida
para Secretaria da Ação Social. Já o pai, o ex-prefeito José Benício vai
comandar a Secretaria de Desenvolvimento do município.
Em
Bananeiras, o prefeito reeleito Douglas Lucena (PSB) nomeou a esposa para o
cargo de secretária de Saúde, a prima do vice-prefeito, Guga Aragão, foi para o
Desenvolvimento Social. Outro primo do vice, pai do vice e tio do vice também
receberam cargos.
Em
Brejo do Santos, o prefeito Lauri Ferreira (PSDB) nomeou vários parentes. A
esposa, Dalva Ferreira dos Santos será a nova secretária de Assistência Social.
A primeira dama nunca havia assumido qualquer cargo na prefeitura, mesmo o
marido já tendo sido prefeito em outras quatro oportunidades. Dalva é
professora efetiva da rede estadual de ensino da Paraíba, lotada na escola
Estadual Diva Guedes de Araújo, em Brejo dos Santos.
Para
comandar o cofre e as contas bancárias da prefeitura, o prefeito nomeou o seu
irmão, Antonio Ferreira da Costa, conhecido no meio popular como Tranquilão.
Ele é Advogado e funcionário de carreira da CODATA, órgão de processamento de
dados do governo estadual.
O
secretário Chefe de Gabinete é o odontólogo Severino José de Sousa Júnior, Dr.
Júnior, vice-prefeito por duas vezes do município e cunhado do atual chefe do
executivo. O prefeito nomeou o seu primo legítimo, Antonio Luiz da Costa, o Toinho
do Mudo para ser o responsável pela Tesouraria da prefeitura, com a função de
administrar pagamentos e recebimentos, controlar o fluxo de caixa e saldo das
contas bancárias.
Além
de todos esses parentes próximos, o novo gestor municipal, ainda anunciou o
nome da enfermeira Andressa Lopes, sobrinha do seu companheiro de chapa, o vice-prefeito
Dr. Sandrinho (PSDB). Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio
98/Correio Sat, o gestor disse que todas as nomeações eram legais e antes de efetuá-las
consultou um advogado.
Os
prefeitos de Sapé, Sumé, Cubati, Taperoá, Parari também nomearam parentes para
cargos importantes do primeiro escalão de seus governos.
Jornal
Correio


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