Vereador teria sido sequestrado e disputa em Câmara da PB empata.
Está na esfera judicial a
eleição para Mesa da Câmara de Itapororoca, na porção Norte da Zona da Mata da
Paraíba, a 69 km de João Pessoa. O vereador Jailson Fernandes (DEM) preside a
Casa, mas o vereador Rodrigo de Carvalho (PSDB) tenta anular a eleição. Ele
quer ser o presidente. No recesso do Judiciário, Rodrigo recorreu a três comarcas
(onde havia plantões) com pedidos de anulação. Não obteve êxito. Perdeu em
Mamanguape, Cruz do Espírito Santo e Pedras de Fogo. Não satisfeito, recorreu
ao Tribunal de Justiça. O desembargador Saulo Benevides, em decisão
monocrática, também rejeitou o pedido.
Mas qual o motivo da briga
do vereador Rodrigo Carvalho, na Justiça, pela presidência da Câmara de
Itapororoca? Um empate durante a votação no dia 1º de janeiro. Jailson
Fernandes obteve cinco votos para presidente, assim como Rodrigo. Como assim, se
a Câmara tem 11 vereadores? Tudo aconteceu porque o vereador Francisco Augusto
de Meireles, conhecido como Chico da Saelpa (PP), não compareceu para votar.
Ele alegou ter sido sequestrado no dia da eleição. Chegou ao ponto de prestar
queixa à polícia denunciando o sequestro.
“O declarante (Chico da
Saelpa) afirma que estava em sua residência trocando de roupa para se dirigir à
cerimônia de posse na quadra da Escola Estadual Severino Félix de Brito, onde
tomaria posse no cargo de vereador”, diz o boletim policial, acrescentando que,
naquele momento, além de familiares, estavam na casa dele os vereadores Altamir
Meireles (PP), Rizeuda Nunes (PP), Rodrigo Carvalho (PSDB) e seu irmão, Roni
Carvalho.
Segundo o boletim, essas
pessoas tentavam convencer Chico da Saelpa a não votar na chapa de Jailson para
presidente da Câmara Municipal. “Em dado momento, dois homens desconhecidos, em
um veículo de placa do Rio Grande do Norte, chegaram e logo adentraram a
residência, sem permissão, para intimidá-lo”. Diz ainda o Boletim de Ocorrência
que, naquele instante, o vereador Rodrigo pediu para Chico sair de casa com seu
irmão Roni, pois se ficasse, “as coisas poderiam piorar”.
Portal Correio
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