Picuí e outros municípios paraibanos recebem ações de combate ao mosquito aedes aegypti.
A Secretaria de Estado da
Saúde divulgou nesta terça-feira (18) o 4º Boletim Epidemiológico relacionado
às Arboviroses deste ano. Segundo o boletim, houve uma redução nos números de
dengue, zika e chikungunya no Estado. No período de 3 de janeiro a 7 de abril
deste ano (14ª semana epidemiológica), foram notificados 857 casos de dengue na
Paraíba. Em 2014, 2015 e 2016, no mesmo período, registrou-se respectivamente,
2.135, 6.612 e 30.260 casos.
“Destacamos que dos 223
municípios do estado, 135 não registraram a ocorrência de casos suspeitos de
dengue em 2017. É importante evidenciar que a sinalização de casos suspeitos é
uma forma de manter os profissionais de saúde em alerta para o agravo,
contribuindo para o desencadear das ações de prevenção”, disse a gerente
executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega.
Chikungunya – Quanto às
notificações de suspeita de chikungunya, de 3 de janeiro a 7 de abril de 2017
foram registrados 242 casos suspeitos. Em 2016, no mesmo período, foram
notificados 6.817 casos suspeitos.
Zika Vírus – De acordo com o
boletim, de 3 de janeiro a 7 de abril deste ano, foram notificados 54 casos
suspeitos de Zika Vírus. No mesmo período de 2016, foram registrados 2.953
casos. O Boletim Epidemiológico destaca que a notificação dos casos de Doença
Aguda pelo Zika Vírus é primordial para nortear as ações de combate ao Aedes
aegypti.
“É importante lembrar que a
Doença Aguda pelo Zika Vírus foi inserida na Lista de Doenças de Notificação
Compulsória a partir da Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, o que
justifica o pico de notificações no mês de fevereiro de 2016 e o não registro
de casos no ano de 2015”, ressaltou Renata Nóbrega.
Óbitos – Até a 14ª Semana
Epidemiológica foram notificados três óbitos com suspeita de causa de arboviroses
nos municípios de Bayeux (1), João Pessoa (1) e Conceição (1). O boletim
destaca que óbitos com suspeita de arboviroses devem ser informados
imediatamente, ou seja, no período de 24 horas, conforme Portaria 204 de 17 de
fevereiro de 2016.
Para esclarecimento da causa
morte e identificação do perfil dos óbitos, se faz necessário realizar as
investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar, utilizando o
Protocolo de Investigação de Óbitos por Arbovírus Urbanos no Brasil (Dengue,
Chikungunya e Zika), instituído pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho de
2016. Cabe às secretarias municipais a investigação dos óbitos e às Gerências
Regionais de Saúde e Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas da SES o apoio
técnico da análise e discussão dos casos.
“É com a notificação dos
casos que podemos tomar decisões precisas no combate ao vetor, como também
traçar planos estratégicos para conter o avanço e os danos causados por essas
doenças, os quais têm um alto impacto na saúde pública”, disse Renata Nóbrega.
Situação Laboratorial de
Dengue e Chikungunya – Na Paraíba, até 31 de março de 2017 foram encaminhadas
ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) 259 amostras de
sorologia para dengue (17 reagentes, 238 não reagentes e 4 indeterminadas). Já
para testagem de sorologia para chikungunya, foram encaminhadas 63 amostras (7
reagentes, 50 não reagentes e 6 indeterminadas).
Com o objetivo de
identificar o tipo de vírus circulante no Estado, a Vigilância Epidemiológica
orienta aos municípios o envio de amostras de isolamento viral para
monitoramento das ações de combate ao Aedes.
LIRAa – No período de 30 de
janeiro a 3 de fevereiro de 2017 foi realizado o 1º LIRAa (Levantamento de
Índices Rápido do Aedes aegypti) e LIA (Levantamento de Índices Amostral do
Aedes aegypti) do ano. Dos 223 municípios paraibanos, 222 (99,5%) apresentaram
os seus resultados.
De acordo com esses dados,
88 municípios (39,6%) apresentaram índices que demonstram situação de risco
para ocorrência de surto, 95 (42,8%) encontram-se em situação de alerta e 39
(17,6%) em situação satisfatória; destes 12 apresentaram Índice de Infestação
Predial (IIP) zero.
Ações – Entre as atividades
programadas para o combate ao Aedes em 2017 estão, de 24 a 28 de abril, a
realização do 2º LIRAa/LIA 2017; distribuição dos repelentes às gestantes
inscritas no Programa Bolsa Família; e planejamento para distribuição dos 37
pulverizadores costais motorizado, contemplando 37 municípios paraibanos para
apoio as ações de controle vetorial, conforme Resolução CIB nº 09/2017.
Os municípios contemplados
são: Mamanguape, Pitimbú, Rio Tinto, Araruna, Solânea, Alagoa Grande, Alagoa
Nova, Arara, Barra de Santana, Esperança, Fagundes, Juazeirinho, Lagoa Seca,
Massaranduba, Pocinhos, Queimadas, Barra de Santa Rosa, Nova Floresta, Picuí,
Serra Branca, Malta, Maturéia, Várzea, Conceição, Santana dos Garrotes, Mato
Grosso, Cachoeira dos Índios, São José de Piranhas, Cajazeirinhas, Nazarezinho,
Santa Cruz, Água Branca, Manaíra, Ingá, Juarez Távora, Pedras de Fogo e Pilar.
Febre Amarela – Com relação
à Febre Amarela, Renata Nóbrega lembra que a Paraíba é área livre da doença.
Quanto à vacinação, a recomendação permanece a mesma: as pessoas que moram em
áreas com recomendação para a vacina e as que vão viajar para regiões
silvestres, rurais ou de mata, dentro dessas áreas, devem ser imunizadas. A
vacina faz parte do Calendário Nacional do SUS para atender a população nas
situações recomendadas, de acordo com a região. A Paraíba está fora da área com
recomendação de vacina.
Arboviroses – São as doenças
transmitidas ao homem por picadas de mosquitos – causadas pelos chamados
Arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika e chikungunya (nestes casos,
pelo mosquito Aedes aegypti infectado, um dos principais transmissores de arboviroses
da atualidade).
Com secom
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