Governo quer votar reforma da Previdência em agosto; oposição diz que não há votos para aprovar a proposta.

O relatório do deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) prevê transições para os atuais segurados da
Previdência, com o cumprimento de um pedágio para poder se aposentar e diminuição
do valor da aposentadoria.
No entanto, para ser
aprovada, a matéria precisa do voto favorável de ao menos 308 deputados, em
dois turnos de votação. A crise política, com a denúncia de corrupção
envolvendo o presidente Michel Temer, atrasou a expectativa do governo de votar
o texto no primeiro semestre deste ano.
Divergências
Vice-líder do governo, o
deputado Beto Mansur (PRB-SP) acredita que a proposta será votada na segunda
quinzena de agosto. "A ideia é aprovar no meio de agosto e início de
setembro. Essa reforma é necessária porque o governo teve que aumentar a
alíquota de PIS/Cofins sobre os combustíveis exatamente porque a conta não
estava fechada. Nós precisamos da reforma para atender fundamentalmente ao
trabalhador brasileiro", disse Mansur.
Já a oposição acredita que o
governo não tem votos para aprovar a reforma da Previdência. Presidente da
Comissão de Trabalho, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) critica a proposta.
"Não haverá reforma da Previdência porque o governo não tem votos
suficientes para votar porque fez uma proposta sem qualquer parâmetro de
razoabilidade para reformar a Previdência. Exige uma idade mínima muito
elevada, exige um tempo elevado para ter direito à aposentadoria integral,
desconsidera diferença de trabalhador rural e urbano."
Mudanças
Os deputados da base do
governo já sinalizaram que alguns pontos da reforma poderão ser modificados no
Plenário da Câmara. Um deles é a reivindicação dos agentes penitenciários de
aposentadoria especial igual à dos policiais, aos 55 anos de idade. Outro é uma
regra de transição para os servidores que entraram no serviço público antes de
2003 e que terão, pelo texto aprovado, que esperar os 65 anos de idade, no caso
do homem, e 62, para as mulheres, para manterem a integralidade dos benefícios.
Agência Câmara Notícias
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