Criança vítima de estupro descobriu gravidez após passar mal, em João Pessoa, diz delegada.
Uma criança de 11 anos que
deu à luz um bebê no sábado (9), em João Pessoa, descobriu que estava grávida
em maio, após passar mal. Segundo informou ao G1 nesta segunda-feira (11) a
delegada da Infância e da Juventude de João Pessoa, Joana D’arc Sampaio,
responsável pelo inquérito, a menina foi levada pela avó para um posto de saúde
e, por meio de uma ultrassonografia, foi identificado que ela já estava no
quinto mês de gestação.
“Com isso, o Conselho
Tutelar foi acionado e elas foram para a delegacia. Mas ele [o padrasto, único
suspeito crime] já sabia que ela estava grávida, ele sabia o que tinha feito.
No momento que tomou conhecimento do caso, fugiu”, explicou a delegada.
A menina informou à polícia
que a violência sexual era algo recorrente, mas não soube precisar quando teve
início. De acordo com Joana D’arc, as investigações começaram em maio e o
inquérito já foi concluído. O padrasto da menina segue foragido.
Conforme as investigações, a
mãe da menina não vai ser responsabilizada pelo crime. “Ela não teve
participação, não sabia o que aconteceu, então não houve conivência. Ela só não
teve cuidado”, comentou Joana.
A criança de 11 anos ficou
grávida após ser violentada e deu à luz um bebê no sábado (9) em uma
maternidade de João Pessoa. A informação foi confirmada pelo juiz da Vara da
Infância e Juventude da capital paraibana, Adhaílton Lacet Porto, em entrevista
à CBN João Pessoa na manhã desta segunda-feira (11). Um processo contra o
padrasto da menina, que é o suspeito do crime, segue em segredo de justiça.
De acordo com o magistrado
Adhaílton Lacet Porto, tanto o bebê, quanto a criança passam bem e a mãe deve
receber alta na terça-feira (12). “Após dar à luz, ela ficou na UTI algum
tempo, mas o quadro dela teve uma melhora e foi informado [a ele] que vai
receber alta”, comentou o juiz.
O processo foi iniciado a
partir de uma denúncia feita no Conselho Tutelar da Região Sudeste de João
Pessoa, no bairro do Geisel. A conselheira que registrou o caso, Isabela
Santos, explicou que com o avanço das investigações, a criança foi encaminhada
para uma casa de acolhimento em João Pessoa.
O juiz responsável pelo caso
comentou que a mãe da criança e companheira do suspeito de estuprar e engravidar
a menina está sendo ouvida por uma equipe multidisciplinar que investiga o
caso.
Ainda de acordo com o
magistrado, a menina já estava com cinco meses de gravidez quando o caso veio
ao conhecimento das autoridades, mas o abuso aconteceu quando ela tinha 10
anos.
G1
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