https://picasion.com/

Últimas Notícias

Justiça de SP deve decidir neste domingo destino de preso por abuso sexual em ônibus.


A Justiça de São Paulo deve decidir neste domingo (3) se Diego Ferreira de Novais, preso por abusar de uma mulher em um ônibus no sábado (2), vai continuar na cadeia. É a segunda prisão do homem de 27 anos só nesta semana. Ele já havia sido detido na última terça (29) após ejacular no pescoço de outra mulher, também em um coletivo, mas foi solto um dia depois. O homem tem 17 passagens pela polícia por crimes do tipo.

Um juiz deverá decidir entre esta manhã e esta tarde o destino de Diego em uma audiência de custódia no plantão judiciário do Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. O magistrado poderá soltar o agressor, mantê-lo preso (atendendo ao pedido da polícia), ou ainda decidir que ele seja submetido a exames psiquiátricos para saber se precisa de tratamento.

O Ministério Público (MP) também irá se posicionar sobre a questão, sugerindo ao juiz o que considera melhor e legal, mas a decisão final será do magistrado e ela é independente. A audiência não tem hora certa para ocorrer, mas deve ser realizada entre 9h e 13h.

Não será a primeira vez que Diego ficará diante de um juiz sob acusação de ter cometido crime sexual. Na última terça, ele foi preso por estupro após se masturbar dentro de um ônibus na Avenida Paulista, no Centro da cidade, e ejacular no pescoço de uma mulher, mas acabou solto no dia seguinte pela Justiça, que considerou o ato como ‘contravenção penal’. Para o magistrado, não houve constrangimento da vítima.

A soltura repercutiu nas redes sociais com críticas à decisão, inclusive da própria vítima, que falou ao G1 que ‘doeu muito’ ver o abusador ser libertado. Entidades de classe, porém, apoiaram o juiz e o promotor que optaram pelo relaxamento da prisão de Diego.

Neste sábado, Diego foi preso por novamente atacar a passageira de um ônibus, desta vez na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Ele foi detido inicialmente por suspeita de ato obsceno, mas, na delegacia, acabou indiciado por estupro porque foi acusado de esfregar o pênis no ombro da vítima e ainda tentado impedi-la de fugir.

O delegado Rogério de Camargo Nader, responsável pela área onde o crime aconteceu, pediu à Justiça a prisão preventiva de Diego. A autoridade policial ainda solicitou ao juiz que analise a possibilidade de submeter o preso a exames psicológicos para saber se ele pode responder criminalmente pelos atos ou se deve ser levado a tratamento médico por insanidade mental.

Segundo o delegado, Diego afirmou em depoimento informal à polícia que começou a praticar os crimes sexuais após sofrer uma batida de carro, em 2006. Segundo ele, o acidente o deixou dois meses internado e duas semanas em coma, e que, depois disso, passou a se sentir diferente.

O delegado afirmou que Diego contou ter problema psicológico e que necessita de tratamento. "Ele alega que depois disso começou a ter problemas. Em 2007, tentou fazer um curso, pago pela mãe, mas não conseguiu. Por volta de 2010, começou a praticar esses delitos", disse Nader. "Ele diz que é uma vontade diferente, compulsiva, que não consegue controlar. Acha que tem relação com o acidente".

Diego mora com os pais e os irmãos em Interlagos, na Zona Sul da capital, e nunca se casou, segundo a polícia. Na manhã do sábado, ele havia tomado o ônibus na Avenida Brigadeiro Luis Antônio para encontrar a mãe.

O veículo não estava cheio, mas Diego se manteve de pé no ônibus, junto ao banco mais elevado, onde estavam sentadas a vítima e a principal testemunhado abuso. Em depoimento, ele disse que escolhe os alvos aleatoriamente. "Aquela que estiver mais perto", informou ao delegado. A vítima da vez acabou sendo uma doméstica de aproximadamente 30 anos, que teve a identidade preservada pela polícia.



G1

Nenhum comentário