LOUCURA OU SAFADEZA: Homem solto após ejacular em mulher em ônibus é preso de novo ao atacar outra passageira.
O homem que havia sido preso
nesta semana por ejacular em uma mulher dentro de um ônibus e depois foi solto
pela Justiça de São Paulo, foi detido novamente na manhã deste sábado (2) ao
atacar outra passageira dentro de um coletivo na região da Avenida Paulista,
centro da capital. As informações foram confirmadas ao G1 pela Polícia Militar
(PM) e Polícia Civil.
O ajudante de serviços
gerais Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi preso inicialmente por
suspeita de ato obsceno contra uma mulher dentro de um ônibus que passava pela
Avenida Brigadeiro Luis Antônio. Mas na delegacia acabou indiciado por estupro
porque teria tentado impedir a vítima de fugir dele.
"Ela tentou sair e ele
a segurou com a perna", disse à reportagem a tenente da PM Stephanie
Cantoia, sobre o motivo que levou o delegado a registrar o crime como estupro.
A vítima, que entrou em estado de choque, tem entre 30 e 40 anos, e estava a
caminho do trabalho quando foi atacada.
É o terceiro caso de
violência sexual contra mulheres nesta semana na capital, dois deles atribuídos
a Diego.
De acordo com a assessoria
de imprensa da PM, o suspeito foi detido por volta das 8h por passageiros do
coletivo. Eles chamaram policiais militares, que o detiveram.
O homem, a vítima e
testemunhas deverão ser levadas ao 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins,
área nobre da cidade. Segundo policiais civis da delegacia, a identidade do
agressor foi confirmada pela identidade dele e pela comparação com fotos
anteriores dele de quando foi detido pela última vez.
Diego já tinha passado pelo
mesmo DP na última terça-feira (29), quando havia sido preso após ejacular em
uma passageira. Naquela ocasião, ele foi indiciado por estupro, mas em
audiência de custódia, na quarta-feira (30), a Justiça o soltou alegando que
"não houve constrangimento" da vítima no ato.
15 passagens
Ele já tinha 15 passagens
anteriores por crimes sexuais contra mulheres e três prisões por estupro. Veja
abaixo os outros casos atribuídos a Diego:
2017
12 de junho
Local: Avenida Paulista
Vítima: de 20 anos
Encostou o pênis no ombro da
mulher
1º de maio
Local: Alameda Santos
Vítima: 23 anos
Esfregou pênis na mão da
mulher
2 de março
Local: Avenida Paulista
Vítima: 24 anos
Esfregou pênis no braço da
mulher
19 de fevereiro
Local: Avenida Paulista
Vítima: 22 anos
Esfregou pênis na mão da
mulher
2016
28 de novembro
Local: Avenida Paulista
Vítima: idade não informada
Se masturbou próximo a
mulher
21 de novembro
Local: Metrô
Vítima: 17 anos
Esfregou pênis na
adolescente
31 de outubro
Local: Avenida Brigadeiro Luís
Antônio
Vítima: idade não informada
Esfregou pênis em passageira
não identificada
2014
25 de novembro
Local: Cidade Ademar
Vítima: 21 anos
Quis tocar seios e ejaculou
em ombro de mulher
2013
2 de fevereiro
Local: Avenida Washington
Luiz
Vítima: 47 anos
Esfregou pênis no braço da
mulher
2012
1º de agosto
Local: Americanópolis
Vítima: 23 anos
Sem informações detalhadas
do que fez
17 de outubro
Local: Santo Amaro
Vítima: 27 anos
Mostrou pênis a mulher
2011
11 de fevereiro
Local: Rua Floriano Peixoto,
Sé
Vítima: 22 anos
Sem informações detalhadas
do que fez
6 de abril
Local: estação do Metrô
Anhangabaú
Vítima: 33 anos
Sem informações detalhadas
do que fez
30 de novembro
Local: Santo Amaro
Vítima: 27 anos
Sem informações detalhadas
do que fez
2009
12 de dezembro
Local: Lapa
Vítima: 22 anos
Mostrou pênis para mulher
3º
caso
É o terceiro caso de ataque
a mulheres em ônibus nesta semana na capital. Além dos dois citados acima, na
terça-feira e neste sábado, que foram atribuídos a Diego, a polícia registrou
outro na quarta-feira (30). Naquela ocasião, um outro homem foi detido por
suspeita de passar a mão no seio de uma mulher por cima da roupa. Esse caso
teria sido registrado como importunação; o agressor também foi solto.
Em entrevista ao G1, a
primeira vítima de Diego criticou a decisão da Justiça que o soltou. 'Doeu
muito', disse ela. A decisão foi polemizada nas redes sociais, com
manifestações públicas até de artistas contrários à soltura do abusador.
Algumas entidades de
juristas, no entanto, defenderam a decisão do juiz José Eugênio do Amaral Souza
Neto, que liberou Diego. O Ministério Público de São Paulo também publicou nota
defendendo o promotor do caso, Marcio Takeshi Nakada, que antes havia se
manifestado a favor do relaxamento da prisão do homem.
G1
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