MPPB ajuíza ação para sanar irregularidades na cadeia pública de Remígio PB.
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Imagem Ilustrativa |
A Promotoria de Justiça da
Tutela Coletiva do Sistema Prisional e Direitos Humanos de João Pessoa
conjuntamente com a Promotoria Cumulativa de Remígio ajuizaram Ação Civil
Pública (0801066-91.2017.8.15.0551) na Vara Única de Remígio, nesta
segunda-feira (23), para sanar os problemas de segurança pessoal, estrutura
física, higiene, fornecimento de água e alimentação, ausência de itens básicos
de prevenção de incêndio, dentre outras violações aos direitos dos detentos da
cadeia pública daquele município.
De acordo com o promotor de
Justiça Ricardo José de Medeiros, a demanda judicial é fruto de extensivas
tentativas de acordo extrajudicial, por parte de ambas as Promotorias de
Justiça, junto aos órgãos estatais responsáveis, para solucionar problemas
antigos que vêm inviabilizando a execução penal dos presos que ali cumprem suas
sentenças.
No âmbito da Promotoria
Cumulativa de Remígio foi instaurado o Inquérito Civil nº 010/2015, e na
Promotoria da Tutela Coletiva do Sistema Prisional e Direitos Humanos, o
Procedimento Preparatório nº 002.2017.010751 para apurar os problemas na cadeia
pública. Foram realizadas várias incursões, reuniões e audiências com amplo
diálogo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e
outros órgãos, alertando-os da situação na cadeia de Remígio e da urgência de
uma intervenção estatal para permitir o seu regular funcionamento e as mínimas
condições necessárias ao processo de ressocialização dos presos. “Tentamos
várias vezes dialogar com os órgãos estatais envolvidos, acerca do problema, e
não fomos atendidos”, afirmou o promotor Leonardo Cunha Lima, em substituição
na Promotoria de Remígio.
“A ação interposta reflete a
necessidade e urgência de se solucionar um problema antigo de clara violação de
direitos transindividuais e coletivos na Cadeia Pública de Remígio, onde as
condições desumanas ali presentes são claras e violam os direitos fundamentais
dos apenados e os impedem das mínimas condições de dignidade e de
ressocialização, dever do estado e obrigação de toda a sociedade”, declarou o
promotor Ricardo Medeiros.
Com Ascom
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