Família de bebê que morreu com calazar na PB diz que houve negligência de hospital.
A família do menino Emanoel
Diniz Martins, 2 anos, que morreu com leishmaniose visceral, doença rara
conhecida como calazar, disse que acredita que houve negligência por parte do
Hospital Municipal e Maternidade Caçula Leite, em Conceição, no Sertão
paraibano.
O menino morreu nesta
quarta-feira (15), depois de passar 10 dias internado em uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). O menino foi enterrado na tarde desta quinta-feira (15). A
família informou que vai acionar a justiça, contra o hospital.
Segundo o pai do menino, o
eletricista Genildo Martins, 38 anos, a criança foi levada ao Hospital de
Conceição mais de 20 vezes, com os sintomas, mas os médicos diziam que era
apenas uma febre normal e receitavam um remédio antitérmico.
“Ele começou com uma febre e
a gente achou que seria normal. Fomos ao Hospital de Conceição e o médico
receitou dipirona e mandou ir pra casa dar um banho do meu filho. Na madrugada
a febre voltou mais alta, mas fizeram a mesma coisa. Foram uns 20 dias indo ao
Hospital. Em uma das semanas fomos todos os dias e em um único dia fomos três
vezes”, disse o pai.
O pai acredita que houve
negligência por parte do Hospital de Conceição, por não ter encaminhado o
menino para um hospital de referência, nem ter ampliado os exames de sangue.
Eles faziam os exames e não
dava nada. Depois de muitos exames, nós pagamos um exame em uma clínica de
Cajazeiras, no Sertão. Mandamos a mostra de sangue e nesse exame que fizemos
por conta própria o resultado foi de suspeita de hepatite ou calazar. Foi aí
que mandaram para um Hospital de Campina Grande”, contou o pai.
Segundo o diretor Hiderval
Arruda de Lacerda Júnior, a criança chegou ao hospital com febre e
procedimentos iniciais foram feitos, mas não foi possível identificar as causas
dos sintomas. Como a criança continuou doente, o hospital solicitou alguns
exames de funções renais e do fígado. Depois de oito dias foi diagnosticado uma
alteração no fígado.
“Vou entrar na justiça e
procurar nossos direitos, para que isso não aconteça com outras pessoas”, disse
o pai.
UTI e morte
Ainda segundo a família,
Depois dos exames indicarem a suspeita, o menino foi levado para o Hospital
Universitário em Campina Grande, já em estado grave e ficou internado na UTI.
Após 10 dias, na noite desta quarta-feira, o menino morreu. No fim da tarde desta
quinta-feira, a família enterrou o corpo de Emanoel Diniz Martins, no Sertão
paraibano.
G1
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