Professor cria sapos de estimação em casa e os alimenta com ração para gato em Natal.
Um professor de Natal cria
cinco sapos de estimação e os leva para aulas práticas de biologia e ciências
da natureza em três escolas da capital potiguar. Os bichos têm nome e comem
ração de gato. O criador posta fotos dos anfíbios em redes sociais, inclusive,
como na imagem acima, em que os sapos estão acasalando.
O professor Paulo César
Oliveira, de 36 anos, conta que cria sapos há oitos anos, quando chegou para
morar na casa em que reside atualmente, e encontrou os bichos no quintal. A
partir daí, o biólogo fez um lago no terreno e um tanque com peixes. Os dois
espaços criaram um ambiente favorável para os anfíbios, que foram se adaptando
com a presença humana e de outros animais.
Hoje, os sapos vivem junto
com 11 gatos, dois cachorros, cerca de 2 mil peixes dentro de um tanque, e
outros animais que aparecem pelo quintal, que o professor define como um
"verdadeiro ecossistema".
"A domesticação foi
acontecendo naturalmente. Atualmente tenho cinco sapos e eles vivem bem comigo,
gatos e cachorros, e comem a ração dos felinos, além de insetos. São todos bem
gordos", disse ele.
Paulo César dá nomes aos
anfíbios e afirma que consegue reconhecê-los. "Tem a Tina, Tana, Beto...
Reconheço eles pela coloração, tamanho e estampas de cada um. Mas os machos,
que são mais difíceis de identificar, chamo a maioria de Caco".
O professor relata que o
cheiro dos sapos e da água do tanque atrai outros anfíbios da redondeza, que
chegam a "pedir" para entrar na residência. "Alguns, ao tentar
entrar, fazem um grande barulho no portão, aí eu penso que é alguém. Mas quando
vejo, é um sapo querendo ir pro quintal", afirma.
Mas a relação com os sapos
nem sempre foi harmônica. "Durante a infância eu matava. Aprendi que tinha
que meter sal e matar mesmo. Aí estudando biologia eu comecei a me
conscientizar", relembra o biólogo.
Aula com sapos
Atualmente o professor leva
os sapos para aulas práticas de biologia e ciências da natureza, em que os
alunos podem observar o comportamento da espécie e a contribuição deles para o
meio ambiente.
"Essas aulas são muito
importantes para a gente aprender mais sobre os animais. O professor traz os
bichos, leva a gente para o laboratório. Mas eu não peguei nos sapos",
disse o estudante João Erick Alves, que faz o 9º ano do ensino fundamental.
Paulo César também leva para
as aulas peixes e plantas, que são cultivadas em seu quintal e armazenadas em recipientes
feitos com materiais reutilizados. "Sempre depois das aulas distribuo as
plantas e peixes para os alunos interessados", finaliza o professor.
G1
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