Ministra do TST concede liminar para impedir greve de petroleiros.
A ministra Maria de Assis
Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu há pouco impedir o
início da greve dos petroleiros que trabalham em refinarias da Petrobras,
prevista para começar nesta quarta-feira (30).
A liminar foi concedida a
pedido de Advocacia-Geral da União (AGU). Para a advocacia, a greve dos
trabalhadores, em meio ao quadro de desabastecimento provocado pela paralisação
de caminhoneiros, trará prejuízos gravíssimos à sociedade, tendo em vista o
potencial para prejudicar o abastecimento do mercado interno de gás natural,
petróleo e seus derivados.
Ao analisar o caso, a
ministra entendeu que a greve seria abusiva e "realizada para
incomodar". Pela decisão, os sindicatos dos grevistas deverão pagar multa
diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento e também estão impedidos de
travar o trânsito de mercadorias e pessoas nas refinarias.
"É potencialmente grave
o dano que eventual greve da categoria dos petroleiros irá causar à população
brasileira, por resultar na continuidade dos efeitos danosos causados com a
paralisação dos caminhoneiros. Beira o oportunismo a greve anunciada, cuja
deflagração não se reveste de proporcionalidade do que poderia, em tese, ser
alcançado com a pauta perseguida e o sacrifício da sociedade para a consecução
dos propósitos levantados", decidiu a ministra.
A Federação Única dos Petroleiros
(FUP) convocou a paralisação reivindicando redução dos preços do gás de cozinha
e dos combustíveis. Também há críticas à gestão de Pedro Parente na Petrobras e
o pedido para que ele deixe o cargo.
Agência Brasil
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