Sindigás: bloqueios impedem retorno de botijões para reabastecimento.
O Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou nesta
segunda-feira (28), por meio de nota, que algumas praças ainda possuem estoque
mínimo de gás liquefeito de petróleo (GLP), “apesar da situação caótica do
abastecimento do produto em todo o Brasil”.
O Sindigás esclareceu que,
como o setor de GLP trabalha com uma logística reversa, isso torna
imprescindível o retorno dos botijões vazios às bases para serem reabastecidos.
“Há gás nas bases”, afirmou o sindicato. Segundo a entidade, o problema
consiste nas dificuldades de escoamento do produto pelas rodovias do país.
“É necessário que grevistas
e as autoridades que atuam nesse momento de crise, como Polícia Rodoviária
Federal (PRF); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP); Exército, entre outros atores, compreendam que o GLP é um produto
essencial para o bem-estar da população e que permitam o trânsito das carretas
a granel e dos caminhões com os botijões, sejam vazios ou cheios”, diz a nota.
Pele fato de o GLP ser
armazenável, o produto apresenta a vantagem de permitir ao consumidor contar
com uma reserva de até 22 dias, em média. O Sindigás afirma que tanto grevistas
como as forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com
GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas
e presídios. Mas não reconhecem como abastecimento de um serviço essencial os
caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a
caminho das revendas. O sindicato defende que isso é um equívoco, “pois o
produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de
serviços essenciais”.
Carga e descarga
Em razão da greve, a
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro
(Fecomércio-RJ) solicitou hoje ao prefeito Marcelo Crivella a liberação dos
horários de operação de carga e descarga durante, no mínimo, os próximos dez
dias.
De acordo com a
Fecomércio-RJ, o objetivo é facilitar a normalização do fornecimento de
produtos fundamentais à população, uma vez que o comércio na cidade já vem
experimentando prejuízos decorrentes do desabastecimento. “Mesmo com o anúncio
do fim da greve feito pelo governo, a retomada dos serviços não será imediata,
e é preciso que os produtos cheguem o quanto antes para os consumidores”,
manifestou o presidente da entidade, Antonio Florêncio de Queiroz Júnior.
Agência Brasil
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