Em Cuité promotoria promove audiência sobre fechamento de escolas na zona rural.
A Promotoria de Justiça de
Cuité promoveu uma audiência com representantes da Secretaria Municipal de
Educação de Cuité e pais de alunos da zona rural para discutir o fechamento de
duas escolas localizadas nas comunidades Campos Comprido e Olho D´Água do
Palmeira.
A audiência foi realizada na
tarde da última quarta-feira (15). Nela, os representantes da secretaria de
Educação explicaram que o fechamento das escolas que ainda funcionam com o
sistema de multesseriação se deve ao baixo aproveitamento dos alunos. No entanto,
os pais dos estudantes alegam que esse fechamento trará transtornos, já que as
crianças terão que percorrer longas distâncias para estudar longe de suas
residências.
O promotor de Justiça
Edmilson de Campos Leite Filho presidiu a reunião e ponderou que o ideal era
realocar os alunos para escolas na mesma localidade, evitando dificuldades no
deslocamento. Sugeriu ainda que o Município faça um estudo prévio sobre a
demanda, o número de alunos atingidos e o número de professores para viabilizar
turmas seriadas.
Os representantes da
secretaria disseram que a escola João Marcos Leite, localizada na Comunidade
Olho D´Água do Palmeira possui apenas uma sala e dois banheiros e que seria
necessário construir uma nova escola na localidade. Já a escola Pedro Viana,
localizada na Comunidade Campo Comprido, é a que atende os alunos da região
(com 42 estudantes matriculados), muitos deles também têm que se deslocar até
ela.
A escola Domiciano de
Queiroz, localizada no Distrito do Meio, seria a que abrangeria mais estudantes,
por estar situada em uma área intermediária entre as duas comunidades, servindo
como solução para realocar os alunos, evitando que o Município tivesse que
construir uma nova unidade de ensino.
Ficou acordado que uma
comissão de pais deverá se reunir com a secretaria para que se chegue a um
consenso sobre o problema. O assunto será retomado em outra audiência marcada
para o dia 5 de setembro, na promotoria. Na ocasião, a secretaria de Educação
deverá trazer um protocolo de intenções para solucionar a situação.
MPPB
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