Aneel descarta revisão de bandeira tarifária em conta de luz.
O diretor-geral da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, descartou hoje (18) a
possibilidade de revisão no valor das bandeiras tarifárias. Com variação entre
verde, amarela e vermelha (em dois patamares) as bandeiras geram custos adicionais
à conta de luz que vão de R$ 1 a R$ 5. Há quatro meses, está sendo cobrada a
bandeira vermelha no segundo patamar, o que gera cobrança extra de R$ 5 a cada
100 kilowatts-hora consumidos.
“De forma alguma”, disse
Pepitone ao responder questionamentos de jornalistas. De acordo com o diretor,
não há, no momento, necessidade de mexer no valor das bandeiras.
As bandeiras são acionadas
em período de escassez de chuvas, quando há redução no nível dos reservatórios
nacionais. Nesses períodos há o acionamento de usinas térmicas, cujo custo de
produção é mais alto.
A revisão do valor das
bandeiras tem sido apontada pela Associação Brasileira dos Distribuidores de
Energia (Abradee) como uma saída para enfrentar problemas de caixa com a compra
de energia termelétrica mais cara no mercado para compensar uma menor geração
das hidrelétricas.
Pepitone disse que “a
princípio a Aneel não enxerga nenhum desequilíbrio nas contas”. De acordo com o
diretor-geral da Aneel, possíveis descasamentos serão resolvidos durante os
procedimentos de revisão tarifária das distribuidoras de energia.
Bandeira vermelha
Ao manter a bandeira
vermelha no patamar 2 no quarto mês seguido, a Aneel apontou a baixa incidência
de chuvas, também chamada de risco hidrológico, ao lado do preço da energia
elétrica no mercado de curto prazo (Preço de Liquidação das Diferenças), como
as principais variáveis que influenciaram a manutenção da cor da bandeira
tarifária.
"Como consequência o preço
da energia elétrica no mercado de curto prazo (PLD) ficou próximo ao valor
máximo estabelecido pela Aneesl, não se vislumbrando melhora significativa do
risco hidrológico (GSF). O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a
cor da bandeira a ser acionada", disse a Aneel ao manter a bandeira
vermelha no patamar 2, em setembro.
Por conta da estiagem e do
baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, os consumidores pagaram R$ 1,2
bilhão a mais nas contas de luz no primeiro semestre deste ano.
Agência Brasil
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