ATENÇÃO: Operação desarticula esquema de venda de celulares no PB1.
O Grupo de Atuação Especial
contra o Crime Organizado do Ministério Público Estado da Paraíba (Gaeco/MPP),
a Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deccor) e a Gerência
de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretaria de Administração
Penitenciária (Gisop/Seap) desencadearam, na manhã desta quarta-feira (19), a
Operação 'Black Friday', para reprimir a comercialização de aparelhos celulares
feita por uma organização criminosa composta por agentes penitenciários e
populares, no PB1, o presídio de segurança máxima 'Dr. Romeu Gonçalves de
Abrantes', localizado em João Pessoa. Uma coletiva de imprensa será realizada
às 15h na Seap.
Estão sendo autuados em
flagrante cinco pessoas, entre agentes penitenciários e populares. Os crimes
sobre os quais pesam indícios sobre os investigados são: corrupção ativa e
passiva (artigos 317 e 333 do Código Penal), lavagem ou ocultação de ativos
financeiros (artigo 1° da Lei 9.613/1998) e participação em organização
criminosa (artigo 2° da Lei 12.850/2013).
A operação 'Black Friday' é
uma ação controlada (medida especial de investigação) realizada para coletar
provas que demonstraram que os aparelhos celulares eram comercializados por
diversos agentes penitenciários aos presos, no valor de R$ 15 mil. Já os
carregadores desses aparelhos eram vendidos por R$ 5 mil.
De acordo com o Gaeco, é de
domínio público que a entrada de celulares e similares nos estabelecimentos
penais é um dos mais graves e complexos problemas que desafiam a Administração
Penitenciaria e o sistema de Justiça, porque são utilizados como instrumentos
eficazes de orientação e coordenação de práticas ilícitas pelas organizações
criminosas que atuam dentro e fora dos presídios. “Esses aparelhos adquiriram,
ao longo dos anos, status de armas poderosas nas mãos de criminosos, inclusive
o presente esforço busca aclarar se tais celulares comercializados foram
utilizados no planejamento do resgate de presos ocorridos no dia 9 de setembro último”,
afirma o órgão ministerial.
O detento Livaci Muniz da
Silva, conhecido como ‘Galeguinho’, também foi transferido para o presídio de
Porto Velho, em Rondônia. Ele é um dos quatro presos que teriam motivado a ação
de resgate no PB1, no último dia 9 de setembro.
Ascom
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