Decreto de férias coletivas pode deixar população sem atendimento de saúde em Esperança, na PB.
![]() |
Imagem ilustrativa - Da internet |
Se conseguir atendimento nos
estabelecimentos de saúde públicos já é uma tarefa difícil em épocas normais,
os mais de 33 mil moradores da cidade de Esperança, no interior da Paraíba,
devem se preparar para enfrentar dias ainda mais turbulentos. É que o prefeito
da cidade, Nobinho Almeida, assinou o Decreto nº 1.874, que estabelece férias
coletivas para os servidores da saúde do município entre os dias 15 de dezembro
e 15 de janeiro.
A medida, que abrange as 12
Unidades Básicas de Saúde da Família (UBS) da cidade, além do Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS), Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Laboratório,
Policlínica e Farmácia Básica, tem a finalidade, conforme texto do decreto, de
“contingenciamento de gastos em todos os âmbitos da administração, objetivando
o equilíbrio financeiro das contas municipais de forma que sejam cumpridas as
metas orçamentárias estipuladas pela legislação pertinente”.
Ainda conforme o documento,
os demais servidores “contratados por excepcional interesse público” terão seus
contratos rescindidos em 15 de dezembro. Já os servidores contratados, lotados
no Hospital Municipal de Esperança e no Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), terão os contratos mantidos até 31 de dezembro.
O G1 buscou resposta da
secretaria municipal de saúde sobre como ficará a situação dos moradores da
cidade, já que, de acordo com a secretária Ana Lígia Passos, o município sofre com
um déficit de oito médicos nos postos, em virtude da migração dos profissionais
para o Programa Mais Médicos.
“Na próxima semana vou me
reunir com o secretário de administração para ver quantos servidores podem
tirar férias, mas garantimos que pelo menos 50% do serviço vai funcionar
normalmente, nenhum estabelecimento vai fechar”, afirmou a secretária. Segundo
a gestora, o atendimento da população estará garantido com quatro médicos na
Atenção Básica, dois no Hospital Municipal e um no Samu.
G1
Nenhum comentário